A SR. VEREADOR RAFAEL ALOISIO FREITAS – Obrigado, Bernardo. Mas é isso com relação à Reserva. Com relação a onde tem a concessão, é mais fácil porque a própria concessionária pode fazer os reparos, mas na Reserva não. Então, eles ficam com aquela dificuldade de fazer.
Vamos nos falando, então.
Obrigado.
O SR. SECRETÁRIO BERNARDO EGAS LIMA FONSECA – Hoje mesmo eu lhe dou essa resposta.
A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Vou chamar o Vereador Tarcísio.
O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – Obrigado, Rosa! Obrigado mais uma vez.
Agora já boa tarde a todos e todas e obrigado pela presença das equipes da Rio-Águas, da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Fazenda.
Eu queria rapidamente falar de cinco coisas. Primeiro, elogiar: que bom que a gente está, agora, abrindo crédito orçamentário para o Fundo Municipal de Saneamento Básico. Essa é uma coisa fundamental. Rosa estava lembrando que na CPI das Enchentes a gente discutiu muito isso, sobre a necessidade de a gente ter estruturados o Conselho, o Fundo, o Plano Municipal de Saneamento Básico. É importante.
Mas eu queria – e já entro no segundo ponto – só dizer aqui, demarcar, que a gente tem que tomar muito cuidado com esse “canto da sereia” da privatização. O Novo Marco Legal de Saneamento aponta para um processo de privatização e o Governo Estadual aponta para essa questão da venda da Cedae e esse é um debate que a gente precisa fazer, Rosa, um debate de fundo aqui, inclusive na Câmara de Vereadores e no processo eleitoral que virá agora, sobre que modelo nós queremos ter para o saneamento da Cidade do Rio de Janeiro.
Acho importante que a Prefeitura do Rio de Janeiro, inclusive, tenha sido o único voto contrário ao modelo de privatização da Cedae e a várias coisas, como o fatiamento da Cidade. O Cláudio já contou isso. Irei elogiar essa postura, mas a gente deve trazer um debate de fundo, inclusive sobre a privatização do saneamento que, na nossa opinião, é muito preocupante. A gente precisa fazer isso com muita calma. Nossa posição é contrária.
Eu fico preocupado. Quando a gente está falando do Fundo, eu acho que o Fundo tem que receber os valores de outorga, de concessão, inclusive da Cedae e do que já tem na AP-5, mas a gente tem que tomar cuidado com o “canto da sereia” da privatização, que é preocupante. A gente precisa fazer o debate de fundo sobre isso. Eu gostaria de colocar aqui nosso posicionamento, já feito nacionalmente, contrário a partir dessa questão. A gente deveria estar discutindo a constituição de uma empresa pública municipal de saneamento, no sentido de incorporar as demandas que a Cedae não tem conseguido cumprir e obrigações que o Município tem em relação à questão do saneamento das favelas e outros que a gente precisa apontar.
Agora, isso me leva a outra questão que, aí sim, é uma primeira pergunta. A gente tem conhecimento de um convênio assinado no final do ano passado, entre o Comitê de Bacia da Região Hidrográfica da Baía de Guanabara e a própria Rio-Águas, que é o convênio para a questão da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico, inclusive com dinheiro envolvido. Houve doação de R$ 500 mil do conselho das Bacias e houve uma parte de dinheiro municipal. Eu queria saber como está isso e se esses valores passarão pelo Fundo, ou seja, nesse convênio já assinado, se esses valores, tanto do Comitê de Bacia, quanto da própria Prefeitura já foram desembolsados, se o cronograma já está valendo, se já teve alguma fase, já que havia fases previstas de 30, 60 e 90 dias, num período todo de 330 dias para a construção dessa revisão. Enfim, queria saber como está isso e, portanto, com relação à questão dos valores, como está essa situação.
Acho um processo muito importante mesmo e acho que a gente deve entrar numa batalha para que aconteça essa história toda. Sei que durante a pandemia houve cortes de todas as partes, mas queria saber exatamente como está essa questão da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico e do convênio assinado no final do ano passado.
O quarto ponto tem a ver aqui com a lei aprovada em dezembro que cria o Fundo. E a gente aqui está fazendo referência ao Conselho Gestor. Lá no debate, em dezembro, não deu tempo de a gente fazer nada, nem uma emenda. A gente não conseguiu. Mas que queria fazer a pergunta aqui, agora. O Conselho Gestor do Fundo – o Cláudio disse que deu só o start inicial para ele e acho que a gente aqui precisava de um compromisso de quando o processo de constituição do Fundo vai estar... Do Conselho vai estar finalizado, porque isso é importante. É preciso ter o Conselho Gestor do Fundo para que ele aconteça. E a gente aqui já está aprovando a abertura de crédito orçamentário, então era importante que isso já estivesse sendo feito.
Mas eu queria perguntar se o Governo não acha que... Temos nove membros. Dos nove membros, sete são indicações de secretarias do Poder Público, e apenas dois são os representantes dos comitês de bacia, que têm membros variados, não só da sociedade civil. Esse é um Conselho em que sete a dois me parece um peso muito grande para o Poder Público e um peso muito pequeno para a sociedade civil. Então, acho que a gente podia pensar aqui numa questão de equilibrar um pouco mais. A gente normalmente defende para vários conselhos desse tipo que eles sejam paritários – o Conselho de Alimentação Escolar, o Conselho de Merenda, o Conselho do Fundeb, os Conselhos da Educação e da Cultura, a gente defende conselhos paritários. Aqui a gente está falando de sete a dois; é quase a derrota do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha, só fez mais um gol. Acho que estamos aqui, precisávamos pensar em rever o peso aqui da sociedade civil nesse Conselho Gestor, porque é preciso apostar na questão do controle social, é preciso apostar na questão da transparência, isso é muito importante. Não sei, se a gente introduzisse aí... diminuísse o peso de alguns cargos do Poder Público e colocasse um representante, por exemplo, do Consemac, do Conselho Municipal de Meio Ambiente, por conta das inter-relações aí nessa história. Então, fica aqui uma proposta, que é claro, vai precisar de projeto de lei para modificar, não é agora. Estou cobrando a finalização da implementação do Conselho, tal qual a lei exige, mas que a gente já sinalize a possibilidade de uma mudança para diminuir e melhorar o equilíbrio aqui dessa gestão. A quinta e última coisa não é para o Governo, é para a Rosa Fernandes, para o Prof. Célio Lupparelli e para o Rafael Aloisio Freitas. Na fala da Rosa, inclusive, específico sobre o rio Acari, ela lembrava uma coisa que é essa história de que a Prefeitura não está conseguindo comprovar junto à Caixa Econômica o que precisa para receber recursos que já estão liberados. Em várias audiências aqui já fiz essa polêmica, inclusive com o Secretário de Infraestrutura, Habitação e Conservação, Sebastião Bruno, e ele disse o seguinte: que, na verdade, a Prefeitura cumpre as exigências; é a Caixa que inventa novas exigências para não liberar recursos. Isso é grave, gente, e a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira desta Casa precisa dar conta, porque a gente aqui fica numa situação que é a seguinte: quem está falando a verdade? É a Caixa Econômica que diz que a incompetência é da Prefeitura ou é a Prefeitura que diz que o Governo Federal está usando da Caixa Econômica para não liberar recursos? E a gente fica, nessa história, no meio do caminho. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Um aparte, Vereador. O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – Acho, Rosa – vou te dar um aparte já já, claro, você tem toda a prerrogativa – que a gente podia fazer um expediente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira – e eu gostaria de fazer essa sugestão oficialmente nessa história toda – para a Caixa Econômica, para o Governo Federal, que esclareça esse debate. Juro que já pedi à minha assessoria para pensar, inclusive, numa representação ao Ministério Público, porque a gente precisa que a sociedade e esta Casa de Leis saibam o que está acontecendo com esse recurso, que nunca é liberado; quem é que está mentindo nessa história; de quem é a responsabilidade por esse recurso – que é público, seja federal, seja municipal, é da sociedade –, para que ele chegue, para que a gente consiga fazer as obras grandes de drenagem, de contenção de encostas etc. tão necessárias para a gente. Então, o quinto é essa sugestão de um expediente oficial da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira desta Casa, cobrando explicações à Caixa Econômica e ao Governo Federal sobre essa fala do Secretário Sebastião Bruno, que disse que a Caixa fica inventando coisas. E aí a gente precisa para poder, inclusive, cumprir nosso papel. Posso recuperar, Rosa, a fala do Sebastião Bruno para dar embasamento. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Lembro, lembro bem. Só que a história não é bem assim, até porque a própria Secretaria de Educação teve dificuldade, tem dificuldade de alguns repasses por conta dessas classificações. Quando você recebe “C” e “D” na avaliação, ou por falta de pagamento ou por falta de capacidade de pagamento, enfim, você tem uma classificação que é real, então não é uma coisa que está inventada pela Caixa Econômica, mas é real. O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – Tem um detalhe, porque tem convênios, e convênios de contenção de encosta, mas é possível que tenha de drenagem também, que não tem a ver com a nota “C” ou “D”. O que está lá escrito é que a Prefeitura não entregou as medições, que a Prefeitura não entregou os relatórios… A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Sim, exato. O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – E o Sebastião Bruno diz que “Não, isso está tudo entregue” e a Caixa diz que não está entregue. E aí o Sebastião Bruno diz que a Caixa fica inventando um documento novo, não é a questão da classificação do “C” e “D”. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Mas não é só isso. Existem outros critérios que impedem o repasse. A Comissão está à disposição. Prepare aquilo que você acha importante e nós vamos encaminhar o questionamento não só à Caixa, mas também ao próprio Ministério Público, para que fique claramente explicado para a sociedade o que realmente impede o repasse desses recursos. Continue. O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – Encerrei minha fala. Foram meus cinco pontos: elogiar a importância do Fundo; refazer o alerta sobre a privatização; as perguntas, como anda o plano – a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico e se o dinheiro vai passar pelo Fundo –, a questão do Conselho Gestor, do peso pequeno da sociedade civil; e por fim, a Vereadora Rosa Fernandes já falou: a gente vai elaborar o documento que é para esse tipo de questionamento, para que a Caixa e a Prefeitura se expliquem a respeito da questão de recursos federais que entram no orçamento, mas nunca são executados. E as duas perguntas para as equipes da Rio-Águas e da secretaria têm a ver com o Plano Municipal de Saneamento, os recursos para isso e o Conselho Gestor. Obrigado! A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Com a palavra, então, o Claudio. Eu acho que, em seguida, o próprio representante da Secretaria de Fazenda também poderia se pronunciar em relação a isso. O SR. CLAUDIO BARCELOS DUTRA – Vamos lá. Com relação ao Plano Municipal de Saneamento, nós publicamos, ontem, no Diário Oficial, a licitação para fazermos a revisão dele. É importante registrar aqui: eu acho que o Vereador Tarcísio está extremamente correto. É mais um marco que a gente precisa deixar para o município, para que o plano anterior, que já deveria ter sido até revisado... O plano anterior é muito abrangente. Ele foi feito em 2007 para atender a Lei n.º 11.445. A intenção agora é a gente realmente fazer um plano municipal com a participação da sociedade. A própria Jaqueline comentou: a gente vai incluir a questão da educação ambiental, que é extremamente importante, tem que fazer parte do plano municipal. Nós vamos ouvir, evidentemente, os grupos setoriais de toda a sociedade. O trabalho desse plano, após a licitação, é para ser concluído em até 10 meses. O senhor perguntou também pelo cronograma. O termo de referência indica exatamente isso: a gente ir aos locais e identificar os problemas regionais de cada local da cidade, do município. Eu queria abrir parênteses e solicitar o apoio dos nossos vereadores. Falando da concessão da Cedae, as audiências públicas que estão sendo feitas para essa concessão estão incluindo também a aprovação do Plano Regional de Saneamento, que é extremamente contra e diferente daquilo que nós pensamos. O estudo apresentado lá está à disposição para avaliação pública. É um estudo meramente documental, em que eles pegam os planos diretores, pegam uma série de documentos. A Prefeitura do Rio de Janeiro, o Município do Rio de Janeiro – que representa 77% da arrecadação da Cedae – não foi ouvido, não houve trabalho em conjunto. Nós não fomos consultados. Está tudo sendo feito, na nossa avaliação, tratorando extremamente o Município do Rio de Janeiro. Eu acho que a Câmara de Vereadores poderia se juntar conosco para podermos barrar esse absurdo, que é tirar a chance de a Prefeitura fazer aquilo que realmente é necessário para a nossa população. Aí, Vereador Tarcísio Motta, eu tenho quer ser um pouquinho divergente do que o senhor imagina: eu creio que sim, temos que conceder, porque o Poder Público não tem condições de atuar na ponta, no dia a dia. Isso é por experiência nossa. Achamos que não temos condições. Com uma empresa pública de saneamento? Concordo, mas eu acho que a gente tem, antes disso, que ter uma empresa, uma autarquia municipal para regulação dos serviços concedidos. Eu acho que isso é importantíssimo a gente debater. A gente está trabalhando hoje em um projeto de lei para mandar para a Câmara, para a gente discutir esse assunto de uma entidade reguladora municipal. Mas, voltando ao plano municipal, a gente tem que batalhar junto à Câmara Metropolitana. Inclusive, eu fui à reunião e fui contra esse trabalho que está sendo feito lá. Não contra exatamente a concessão, porque o modelo é exatamente igual ao que nós fizemos na AP-5, mas contra a formatação, contra os números, contra aquilo que foi apresentado, porque não vai dar certo. Vai ser feita uma concessão dos serviços da Cedae, e nós vamos ter, daqui a um ano, dois anos, que pagar a conta novamente. Ou seja, as tarifas vão ser aumentadas, porque a concessionária vai ver que nem tudo está previsto dentro do que a Câmara Metropolitana está divulgando. Um exemplo clássico: está na formatação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que a Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro tem 90% do esgotamento sanitário resolvido. Isso é um absurdo. E eu disse a eles: se está 90% resolvido, vamos sair daqui, vamos na Enseada de Botafogo e vamos tomar um banho de águas tranquilas, porque está 90% saneado. E não é verdade. Principalmente a gente aqui, na Rio-Águas, sabe efetivamente qual a situação em que se encontra, qual é a comporta que tem em Botafogo, a captação em tempo seco no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas, que é um estresse quando chove, que abre a comporta, fecha comporta. E, toda vez que a gente abre a comporta, as interligações de esgoto, na rede de drenagem, levam o esgoto, cocô e xixi para a Enseada de Botafogo, para a Praia do Flamengo. Ou seja, não adianta a gente tampar o sol com a peneira, porque não está resolvido o saneamento na região da AP-2 na Zona Sul da Cidade do Rio de Janeiro, muito menos no centro da cidade. Então, é nesse sentido que a gente está brigando, lá na Câmara Metropolitana, para que o BNDES não pegue aquilo que foi informado pela Cedae. Na Zona Oeste, na AP-4, eles dizem que está 70% saneado. Se tivesse, a gente não tinha condição de ver a Lagoa como está lá hoje. Nós fizemos estudo, fizemos vistoria, fomos com o próprio Ministério Público a alguns lugares, no Recreio, Barra e Jacarepaguá, e mostramos: “Olha, a rede da Cedae está ligada na macrodrenagem, não pode”. Então, não tem 70% saneado. Nós chegamos, assim, fazendo um trabalho muito específico, a 46%. De 46% para 70% vai ter que ter mais investimento. Tendo mais investimento, a concessionária que ganhar a concessão vai chegar a bater na porta da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa) e falar assim: “Senhores, vocês me enganaram, eu vou ter que fazer mais obra aqui, vou gastar mais, e vocês têm que me dar mais dinheiro”. Como é que dá mais dinheiro? Aumenta a tarifa. Então, é a chance de a gente fazer a coisa certa. Para fazer a coisa certa, tem que começar certo. E, para começar certo, demanda tempo. Eles estão fazendo esse estudo desde 2018, tem apenas dois anos. Tem que botar a bota no pé, tem que ir para a rua, tem que abrir PV, tem que verificar as redes que estão interceptadas, tem que fazer reunião com a sociedade, com a população local, com a população regional, que é o que está previsto no nosso plano municipal. E isso não foi feito. Inclusive, o próprio documento do edital do BNDES informa, no item 8.1, que eles não se responsabilizam pelas informações que estão dando. Ou seja, eles estão dando munição para a própria concessionária, daqui a algum tempo, falar: “Olha, você mesmo disso que não se responsabilizou, que a gente que tinha que verificar”. Ninguém vai verificar isso, gente. Então, vamos fazer o negócio, que seja pela Região Metropolitana, mas vamos fazer dentro do número e dos serviços que são corretos. Para vocês terem uma ideia, na AP-5 a conta de esgoto é hoje 28% mais barata que a conta de água, porque a Cedae vai lá na Agenersa e fala assim: “A minha conta de luz aumentou”. Aí mostra a conta de luz, e a Agenersa vai e aumenta a tarifa de água. Só que lá ele não pode aumentar a tarifa de água, porque a concessionária é obrigada a fazer com que a manutenção e operação dela seja dentro daquilo que está previsto no contrato. Se aumentar R$ 1,00, o problema é dele, é responsabilidade dele, que não teve eficiência para reduzir seus custos de operação. É nesse sentido que a gente está querendo trabalhar e brigar na Câmara Metropolitana. A gente gostaria até do apoio, do suporte dos senhores. Então, com relação ao Plano de Saneamento, foi publicado ontem, há 15 ou 30 dias, se não me engano, por edital, na rua, após a empresa ser selecionada pela licitação. São 10 meses para entregar o Plano. O convênio não tem nada a ver com o Fundo, porque o convênio foi feito entre a Fundação Rio-Águas e o Comitê de Bacia, antes da aprovação da lei. Então, esses valores estão vindo para uma conta específica, somente para executar esse serviço. São R$ 500 mil do Comitê, e o complemento são de aproximadamente R$ 500 mil, valor que a gente arrecada da regulação da AP5. Eu acho que eram esses dois itens que a gente estava para esclarecer. E quem quiser ir a Botafogo tomar um banho de mar na enseada comigo, eu vou, sem problema nenhum, só não entro dentro d’água. O SR. VEREADOR TARCÍSIO MOTTA – Claudio, tirando a parte final, ou seja, a nossa discordância de fundo, sobre se privatiza ou não, para todo o resto você tem o nosso apoio no Comitê Metropolitano. O que eles estão fazendo é um absurdo, e a gente concorda com você, certo? Estamos juntos. O SR. CLAUDIO BARCELOS DUTRA – Certo. Combinado. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Oi, Claudio, você já concluiu? O SR. CLAUDIO BARCELOS DUTRA – Já, sim. Da nossa parte, sim. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Com a palavra, o nobre Vereador Prof. Célio Lupparelli. O SR. VEREADOR PROF. CÉLIO LUPPARELLI – O seu discurso, a sua análise, o seu desabafo, eu assino embaixo e dou um abraço no Presidente da Comlurb, nos dois Secretários, no Presidente da Rio-Águas e no Secretário Bernardo. Um abraço para todos aí. A SRA. PRESIDENTE (ROSA FERNANDES) – Eu queria agradecer muito, eu acho que não só esta Audiência, por necessidade do Fundo, mas acho que de um modo geral é sempre apaixonante discutir este tema. E é claro que, a partir dessa solicitação do Vereador Tarcísio Motta, eu acho que a gente vai precisar debater um pouco mais sobre esses critérios, sobre esses pontos, principalmente de repasse, que geram falta de investimento na cidade. Eu acho que a gente pode programar, a partir das respostas que possam vir dos outros órgãos e até do próprio Ministério Público. Eu acho que teremos uma série de outras reuniões. E, também, Claudio, eu acho que é fundamental o acompanhamento, eu venho dizendo isso, não só do que está entrando de recurso no fundo, mas onde ele está sendo investido, de que maneira ele está sendo investido. Você falou em educação ambiental. Eu queria lembrar que nós temos um programa fundamental na cidade, que hoje, por falta de investimento, por falta de vontade política e de priorização de determinadas ações, nós perdemos um espaço imenso em relação ao programa Guardiões dos Rios, que faziam um trabalho de excelência e que era fundamental para a manutenção de todo o trabalho que a Rio-Águas fazia. Esse trabalho precisa ser retomado de forma técnica e ampliada na Cidade do Rio de Janeiro. Não pode ser metade técnico e metade indicação política. Eu acho que a Rio-Águas tem um papel fundamental nesse mapeamento da Cidade do Rio e no aumento de investimento nos Guardiões juntamente com a Educação Ambiental. Os Guardiões de Rio atuavam junto com a Educação Ambiental, fazendo um belo trabalho, e nós perdemos isso ao longo do tempo. Então, eu queria agradecer muito a presença de todos e colocar à disposição dos vereadores que quiserem encaminhar questionamentos. Nós estamos prontos para fazer uma ação junto ao Ministério Público. Quero gradecer a todos e desejar um bom-dia e uma boa semana de trabalho, que a gente possa continuar produzindo. Dou por encerrada a presente Audiência Pública, parabenizando mais uma vez a todos por este trabalho. Muito obrigado e um abraço a todos. Está encerrada a Audiência Pública. (Encerra-se a Audiência Pública às 12h42)
* PRESENÇAS DO CHAT PARA SEREM REGISTRADAS: Pedro Manoel, Eulelia Maria Rodrigues De Lima- EDI Eitel Seixas, Geo Britto, Eduardo Pereira, Heleneyde Bittencourt, Anna Da Silva, Fernanda da Silva Oliveira, Felipe Freitas. Data de Publicação: 07/17/2020 Página : 19/29