SOLENIDADE



Texto
O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Senhoras e senhores, boa tarde.

Dou por aberta a Solenidade em Homenagem aos 60 Anos do Instituto Cultural Brasil-Japão, com entrega de Moções de Louvor e Reconhecimento, quadros de Oshiê e certificados de agradecimento a entidades parceiras.

Solicito ao Cerimonial da Câmara Municipal do Rio de Janeiro que conduza à Mesa de Honra as personalidades que irão constituí-la.

(As personalidades são conduzidas ao recinto da Mesa)

O SENHOR PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – A Mesa está assim constituída: Excelentíssimo Senhor Cônsul-Geral do Japão, Yoshitaka Hoshino; Senhor Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, Doutor Sohaku Raimundo Cesar Bastos; Reverendíssimo Monsenhor Sérgio Costa Couto, representando o Eminentíssimo Reverendíssimo Cardeal Dom Orani João Tempesta; Senhor Presidente da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro (Renmei), Akiyoshi Shikada; Senhor Diretor Vice-Presidente Executivo da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Toshiya Asahi; e Senhor Presidente da Associação Nikkei do Rio de Janeiro, Minoru Matsuura.

Ouviremos agora o Hino Nacional Brasileiro Logo após, o Hino Nacional do Japão.

(Ouve-se o Hino Nacional Brasileiro)

(Ouve-se o Hino Nacional do Japão)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – A relação nominal dos presentes a esta Solenidade será publicada no Diário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Tenho a honra de registrar as seguintes presenças: Excelentíssimo Senhor Lanier de Morais, diplomata, representando o Ministério das Relações Exteriores do Brasil; Senhor Mario Gustavo Rolla, gerente geral de relações institucionais da Dufry, representando o Senhor Humberto Mota; Senhor Toshiya Asahi, diretor vice-presidente executivo da Mitsui & Co. (Brasil) S.A.; Senhor Akiyoshi Shikada, presidente da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro; Senhor Keizo Akanataw, vice-presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão; Senhor Marcos Landeira de Oliveira, assessor especial da presidência do Instituto Cultural Brasil-Japão; Senhora Mariana Glória Fernandes dos Santos, primeira-dama da Casa dos Poveiros; Senhor Ednor Medeiros, diretor geral do Centro Cultural dos Correios; Senhor Carlos Robson Gracie, da Federação de Jiu-Jítsu do Rio de Janeiro; Senhor Ronaldo Santos, vice-presidente da Federação Estadual de Luta do Rio de Janeiro; Senhor Oscar Rocha Barbosa, assessor da Diretoria de Cooperação Internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; e Senhora Rita Moura, representando o Excelentíssimo Senhor Rubens Teixeira da Silva, Secretário Municipal de Conservação e Meio Ambiente.

Esta Solenidade que ora comemoramos se deu por um princípio básico. Algum tempo atrás, eu tinha a intenção de fazer um projeto de lei sobre catástrofes naturais. Uma previsão das grandes catástrofes que pudessem ocorrer aqui no Rio de Janeiro, para que o Município pudesse se preparar por meio de um projeto de lei. Então, nasceu em meu coração a vontade de conhecer o Japão, por conta de sua história de catástrofes naturais. O país muito se prepara e se preparou – inclusive na arquitetura de seus prédios – para que pudesse receber os terremotos e estar preparado para eles. Só que eu não sabia qual era o caminho a tomar, a quem procurar para que eu pudesse, então, conversar com alguma pessoa que pudesse me dar uma luz e me introduzir no assunto Brasil-Japão.

Eu estava em uma viagem com o Professor Moacyr Bastos, no Rio Grande do Sul, quando, em uma conversa, ele me disse que havia sido Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão. Nesse ato em que ele me disse isso, eu mostrei a ele o meu desejo e a minha vontade de fazer esse projeto de lei e de conhecer alguém da área. Então, o Professor Moacyr Bastos – uma pessoa a quem estimo muito, a quem tenho um amor profundo e uma tremenda gratidão – me apresentou uma pessoa que, para mim, é uma pedra preciosa: o Senhor Takao.

Hoje o Senhor Takao é uma pessoa por quem tenho profundo carinho, respeito e uma profunda admiração. Ele foi o homem que abriu as portas para que eu me introduzisse na comunidade japonesa, me apresentou o primeiro cônsul, que esteve aqui. Eu estive na festa do Japão, a convite dele. Por meio desse meu relacionamento com o Senhor Takao, foi feito um projeto de lei que introduz a Festa do Japão no Calendário Oficial da Cidade do Rio de Janeiro. Hoje já é lei e está vigorando. Tudo se iniciou com o Senhor Takao. Gostaria que, com muito carinho, vocês dessem uma linda salva de palmas para essa pedra preciosa que é o Senhor Takao.

(PALMAS)

O SENHOR PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Desse projeto de lei, foram feitos novos encontros. Estou sempre em contato com a comunidade japonesa também por meio do Doutor Sohaku, hoje um amigo muito querido, uma pessoa por quem tenho muita estima e muita admiração.

Em resumo, eu sou Eliseu Kessler, vereador, mas que tem raiz no Japão por causa de vocês. Então, é um prazer muito grande recebê-los aqui, ser o anfitrião deste grande evento, deste lindo evento. Eu me orgulho muito da Festa do Japão, e já peço perdão por não poder estar presente no sábado, na abertura, por impossibilidade pessoal, mas sempre presente no coração, nas atividades, em tudo aquilo que me couber estar presente no meio de todos vocês. É com muito carinho que estamos aqui hoje, com as portas abertas do Palácio Pedro Ernesto, para homenagear amigos, personalidades, autoridades dessa comunidade que amo de todo meu coração.

Quero, com muito carinho, passar a palavra ao Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, Doutor Sohaku Raimundo Cesar Bastos.

O SR. SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS – Boa tarde.

Vou parafrasear um colega da Associação Brasileira de Educação, que dizia: “Eu só consigo dormir deitado, comer sentado e falar em pé”. Portanto, vou falar em pé.

Excelentíssimo Vereador Eliseu Kessler; Excelentíssimo Cônsul-Geral do Japão no Rio de Janeiro, Senhor Yoshitaka Hoshino; Reverendíssimo Monsenhor Sérgio Costa Couto; Ilustríssimo Senhor Presidente da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro, Senhor Akiyoshi Shikada; Ilustríssimo Senhor Diretor Vice-Presidente Executivo da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Toshiya Asahi; Ilustríssimo Senhor Presidente da Associação Nikkei do Rio de Janeiro, Minoru Matsuura; prezados membros da diretoria do ICBJ – Instituto Cultural Brasil-Japão –, minhas senhoras e meus senhores.

É com grande emoção e profunda satisfação que tenho a honra e o privilégio de me pronunciar neste ato singelo, que abre formalmente o 60º aniversário do Instituto Cultural Brasil-Japão, o nosso ICBJ, que vai ocorrer ao longo de todo o ano de 2017. De fato, a diretoria do ICBJ decidiu fazer do ano de 2017 o ano do 60º aniversário do ICBJ, pelo que esta Solenidade marca apenas o início das nossas celebrações. Pelo tema, haverá quem seja levado a esperar por um relato pormenorizado de acontecimentos que marcaram o percurso dos 60 anos do Instituo Cultural Brasil-Japão. Precisaria, certamente, de muito tempo para o feito. Gostaria, então, de antecipar a informação que optei por referir e salientar apenas algumas razões por trás do surgimento do ICBJ, os princípios que nortearam sua fundação, os objetivos perseguidos e o espírito de missão que guiou o ICBJ até o presente. É com esse objetivo em mente que importa enfatizar aqui, brevemente, alguns dos feitos históricos de nosso instituto em prol da difusão da cultura japonesa no Brasil.

Minhas senhoras e meus senhores, na época em que o Instituto Cultural Brasil Japão foi criado – em 1957, nesta Cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal –, pouco se conhecia sobre a cultura japonesa. O Centro Cultural Brasil-Japão, anteriormente criado, refletia a necessidade de normalização do relacionamento entre o Brasil e o Japão após a Segunda Guerra Mundial. Para melhor compreensão da história do povo japonês no Brasil, temos que nos reportar ao Tratado de Amizade, Comércio e Navegação Brasil-Japão, que foi celebrado em Paris, na França, no dia 5 de novembro de 1895. A data é considerada um marco importante para o posterior desenrolar de toda a história nipo-brasileira, pois foi esse acordo que viabilizou a vinda oficial dos imigrantes japoneses para o Brasil, que ocorreu em 1908.

O relato mais famoso dos primeiros japoneses a pisarem em terras brasileiras ocorreu em 1867, quando aqui chegou uma personalidade muito famosa, o almirante japonês Enomoto Takeaki, que passou pela Cidade Maravilhosa incentivando a imigração, implementando políticas para tal, incluindo o estabelecimento do Instituto de Colonização.

O Instituto Cultural Brasil-Japão foi fundado em 16 de agosto de 1957 pelos Embaixadores Yoshiro Ando, do Japão, e Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, do Brasil. Porém, a cerimônia de inauguração e fundação de nossa sede social, realizada em 14 de junho de 1958, contou com a presença do Príncipe Mikasa, do Japão, e sua esposa Yuriko. Na primeira ata de constituição do ICBJ, o fundador Yoshiro Ando expressou sua satisfação pela iniciativa do grupo de japoneses e brasileiros que juntos buscavam a aproximação cultural entre os dois países. Os objetivos que colocaram em reunião de constituição do Instituto foram quatro. Primeiro, intensificar as relações culturais entre Brasil e Japão. Segundo, difundir o conhecimento da cultura japonesa no Brasil e da brasileira no Japão. Terceiro, promover o ensino do idioma, história, literatura e artes em geral do Japão. E quarto, realizar o intercâmbio científico, literário, artístico e esportivo entre Brasil e Japão.

O ICBJ se integrou posteriormente a três entidades coirmãs e parceiras, que, juntas, agem em prol de objetivos comuns: a Câmara de Comércio e Indústria do Japão, representada pelo Senhor Asahi; a Associação Nikkei do Rio de Janeiro, representada pelo Senhor Minoru; e a Federação Renmei – Associação Cultural Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro –, representado pelo nosso grande senpai, o mais antigo, Senhor Shikada.

O ICBJ se integrou à sociedade brasileira. Os primeiros associados do ICBJ foram os japoneses que residiam no Rio de Janeiro e pessoas relacionadas ao círculo diplomático do Japão e do Brasil, até se estender para a elite brasileira e, aos poucos, abrindo para um público-alvo bem mais amplo.

Nossos ex-presidentes tiveram uma atuação na esfera da diplomacia, da ciência, da política, da educação e da área cultural. Eles foram: Embaixador Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda, Embaixador Roberto Mendes Gonçalves, Doutor José Thomaz Nabuco, Almirante José de Carvalho Jordão, Deputado Frederico Trotta, Vereador Diofrildo Trotta, Embaixador Paulo Leão de Moura, Embaixador Manoel Pio Correia e o Professor Moacyr Barros Bastos.

Pelo fato de nosso fundador ter sido o Embaixador do Japão no Brasil, Senhor Yoshiro Ando, tornou-se ele nosso Presidente de Honra. Por esse motivo, todos os cônsules-gerais que servem no Rio de Janeiro são, automaticamente, nossos presidentes de honra, além de o cônsul cultural do país participar de nossa diretoria social como diretor cultural. Portanto, há uma íntima relação do ICBJ com o Governo do Japão.

Nomes ilustres da sociedade brasileira, entre eles a cineasta Tizuka Yamasaki; o ex-diretor presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Doutor Eliezer Batista; o jogador de futebol, querido, Zico; o compositor Roberto Menescal e outros músicos brasileiros foram homenageados pelo Instituto Cultural Brasil Japão durante esses anos. Dentre os ilustres associados, contamos com o artista Candido Portinari e o arquiteto Oscar Niemeyer.

Na qualidade de presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, tomo a iniciativa de manifestar meu testemunho sobre o interesse do povo brasileiro pela cultura japonesa. Eu desfrutei – assim como vários contemporâneos brasileiros, com ascendência japonesa ou não – dessa rica cultura, mormente nos anos 50 e 60, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Àquela altura, as portas de entrada desse fantástico mundo cultural japonês eram: o idioma, o esporte, a filosofia, a arte floral, a medicina kampo e as artes marciais japonesas. Pouco depois, poucos anos depois, a culinária japonesa conquistou definitivamente o paladar da sociedade brasileira. Daí, a cultura japonesa passa a inspirar muitas atividades culturais brasileiras. E isso não demorou muito.

Atualmente, a cultura do País do Sol Nascente fica no imaginário da sociedade brasileira por seus valiosos ensinamentos no campo da ética, disciplina, tenacidade, resiliência, solidariedade, honra, respeito, amor ao próximo e retidão de caráter, temas imprescindíveis na vida em sociedade.

Inúmeros eventos sobre a cultura japonesa são implementados pelo ICBJ e por seus parceiros no Rio de Janeiro, dentre eles, a Festa do Japão, que ocorreu ontem e anteontem, no Aterro do Flamengo. Essa festa só pôde ser efetivada como festa oficial graças ao Vereador Eliseu Kessler, autor do projeto de lei que estabeleceu essa realidade em nossa Cidade.

Ainda este ano, promoveremos o Festival do Japão, em comemoração aos 60 anos de aniversário do ICBJ, que ocorrerá no Clube Municipal, na Tijuca, dia 7 de outubro, para o qual todos estão convidados. Para o citado evento, estão programadas várias atividades culturais. Concomitantemente, haverá o torneio de Karatê promovido pela Aliança Nipo-Brasileira de Karatê-Do, criada pelo ICBJ, visando às Olimpíadas Tóquio 2020, quando o mencionado esporte participará, pela primeira vez, como esporte olímpico.

Os cursos promovidos pelo ICBJ são diversos: idioma japonês, história e cultura do Japão, culinária japonesa, arranjo floral (Ikebana); arte da caligrafia (Shodô); arte da dobradura de papéis (Origami); desenho em alto relevo (Oshi-ê); cerimônia do chá (Chanoyu); dentre outras, como a pintura clássica japonesa (Nihonga).

Iremos promover, brevemente, cursos na área do Budô – artes marciais japonesas com ênfase na tradição e na rica literatura sobre o tema –, e na área de Toyo-Igaku: medicina Kampo, Shiatsu, Acupuntura, Moxabustão, com ênfase no ensino e na pesquisa.

Para finalizar, Senhor Presidente, gostaria de agradecer aos presentes. Em particular, nossa diretoria, composta pelos vice-presidentes: doutores Yssamu Takao e Keizo Akamatsu, além dos diretores-professores Satiko Sakatsume, João Baptista de Oliveira, Lenilza de Araujo Trujillo, Maria Julia Duarte Lira, Ayaka Kimura, Maria Bernardina de Oliveira Silva, Yoshiaki Hasuo, David Leal de Almeida, Takubunji Nakamura e o assessor da Presidência, Senhor Marcos Landeira de Oliveira.

Gostaria de agradecer ao ex-presidente do Conselho Deliberativo do ICBJ, ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Padre Jesus Hortal Sanchez, que atuou nessa função durante muitos anos, além de ter sido meu colega no Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro. Não poderia me esquecer dos nossos importantes ajudantes André Barbosa e Teruco san, aqui presentes.

Por derradeiro, exalto a importância da integração, colaboração e forte amizade entre Brasil e Japão, rogando às autoridades que despertem para uma nova realidade de paz, desenvolvimento e justiça. O enaltecer das virtudes humanas na vida social fortalece a relação do homem com o homem, do homem com a sociedade, do homem com o meio ambiente. Só poderá haver ordem e progresso se a ética, a justiça e o amor prevalecerem entre os homens e as nações.

Muito obrigado.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Quero, com muito prazer, convidar para fazer uso da palavra o Senhor Presidente da Associação Nikkei do Rio de Janeiro, Minoru Matsuura.

O SR. MINORU MATSUURA – Boa tarde a todos.

Como representante da Associação Nikkei do Rio de Janeiro, quero parabenizar o Instituto Cultural Brasil-Japão por seus 60 anos de existência. De fato, é uma associação muito amiga nossa, um instituto amigo nosso, que sempre prestigia atividades culturais e esportivas aqui do Rio de Janeiro.

Vou ficar com poucas palavras. Obrigado e parabéns pelos 60 anos de existência.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Convido agora, para fazer uso da palavra, o Senhor Diretor Vice-Presidente Executivo da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Senhor Toshiya Asahi.

O SR. TOSHIYA ASAHI – Muito obrigado pelo convite para compartilhar com vocês este momento. Parabéns a todos.

Gostaríamos de, em nome da Câmara de Comércio e Indústria do Japão no Rio de Janeiro, estender nossa apreciação e colaboração ao Instituto e a todos que lá trabalham. Gostaria de celebrar a sua realização e espero que tenhamos mais prosperidade nos próximos 60 anos.

Obrigado.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Convido agora, para fazer uso da palavra, o Senhor Presidente da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro, Senhor Akiyoshi Shikada.

O SR. AKIYOSHI SHIKADA – Presidente, Excelentíssimo Senhor Vereador Eliseu Kessler; Senhor Cônsul-Geral do Japão, Yoshitaka Hoshino; Senhor Diretor Vice-Presidente Executivo da Câmara de Comércio e Indústria do Japão, Toshiya Asahi; Senhor Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, Sohaku Raimundo Cesar Bastos; Senhor Presidente da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro, Akiyoshi Shikada; Senhor Presidente da Associação Nikkei do Rio de Janeiro, Minoru Matsuura; senhoras e senhores, boa tarde.

Sou representante da colônia japonesa no Rio de Janeiro. Nossa associação foi fundada antes do Instituto Cultural. Ela foi fundada em 1955, há 62 anos. Nossa associação tem 22 associados no Estado do Rio de Janeiro. O Instituto Cultural Brasil Japão comemora hoje 60 anos. Os japoneses chamam isso de kanreki. A pessoa nasce e, depois de passar 60 anos, se chama kanreki, volta ao mesmo signo de quando nasceu. Por isso é que os japoneses comemoram muito os 60 anos. Parabéns ao Instituto Cultural Brasil-Japão.

Soube que o Instituto Cultural Brasil-Japão, antes da guerra, já existia no Brasil. Contaram-me que, antes de 1957, antes da Segunda Guerra Mundial, já existia o Instituto Cultural Brasil-Japão no Rio de Janeiro, mas, depois que terminou a guerra – como o Doutor Sohaku Raimundo Cesar Bastos contou –,foi fundado novamente em 1957. Parabéns ao Instituto Cultural Brasil-Japão, agora comandado pelo Doutor Bastos. Parabéns a vocês. Continuem trabalhando para mostrar a cultura japonesa.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Quero convidar, para fazer uso da palavra também, o Reverendíssimo Monsenhor Sérgio Costa Couto, representando o Eminentíssimo Reverendíssimo Cardeal Dom Orani João Tempesta.

O SR. MONSENHOR SÉRGIO COSTA COUTO – Quando cantávamos os hinos, eu também fiz um esforço para cantar o Hino Japonês. Notei que muitas faces japonesas também cantavam o Hino Brasileiro. Então, acho que a nossa sociedade, e mais ainda eu – nascido em Campinas, São Paulo -, somos muito gratos e muito felizes com todo o processo de imigrações – tivemos mais de um movimento de imigração – e da notável integração que verificamos no Brasil entre pessoas de várias ascendências, como a minha - um pouco alemão, um pouco francês e português, acho que está um pouco na cara – e de várias outras, como a japonesa, com uma fortíssima presença, que aqui nos ensina tanto.

Para mim, o contato maior começou em 1982, quando comecei a ser aluno de Karatê de Sadamu Uriu - que para nós é simplesmente sensei, na NKK. Se estreita dessa maneira e depois verificamos tantos outros elementos, não apenas na área esportiva, onde a presença japonesa é fortíssima, sobretudo nas lutas: Judô, Karatê, Kendô, Jiu-Jítsu - de matriz japonesa, que aqui no Brasil começou a ter uma face própria. Também estamos felizes em poder devolver um pouquinho – sobretudo na década de 90 – daquilo que o Japão tanto nos deu, depois na ajuda e fortalecimento, na construção do futebol japonês.

Só temos a agradecer a Deus por esse processo de integração e pela felicidade em termos tantos brasileiros de origem japonesa que permanecem muito japoneses, mesmo tendo se tornado brasileiros. É isso.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Com muito prazer, também, gostaria de convidar o Excelentíssimo Senhor Cônsul Geral do Japão, Yoshitaka Hoshino, para fazer uso da palavra.

O SR. YOSHITAKA HOSHINO – Excelentíssimo Senhor Vereador Eliseu Kessler: Excelentíssimo Senhor Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, Doutor Sohaku Raimundo Cesar Bastos; senhores homenageados, senhoras e senhores, boa tarde a todos.

Neste dia tão significativo da Sessão Comemorativa do 60º aniversário de fundação do Instituto Cultural Brasil-Japão, fico honrado de participar desse grupo de brasileiros e japoneses que estão unidos em prol da difusão da cultura japonesa nesta Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro. Agradeço sinceramente essa homenagem, em nome do Consulado do Japão, ciente de que estamos juntos nesta causa do fortalecimento dos laços de amizade entre Brasil e Japão.

Compartilho da grande honra de sermos parceiros do Instituto, há tantos anos, neste incansável trabalho de divulgação da cultura japonesa, especialmente neste período de preparativos da realização das Olimpíadas 2020 em Tóquio.

Certamente, a maneira mais eficaz de reforçarmos esses laços é através da promoção de intercâmbio cultural entre os dois países. Nesta questão, o Instituto Cultural Brasil-Japão vem realizando um impecável trabalho, com muita dedicação, entusiasmo, força e perseverança, superando obstáculos e demonstrando a mesma alegria do início de suas atividades há 60 anos.

Gostaria de expressar meus profundos agradecimentos a todos os membros do Instituto Cultural, em especial aos homenageados desta tarde, pelos esforços empregados na promoção da cultura japonesa no Brasil.

Espero sinceramente que todos os envolvidos continuem esta nobre missão de reforçar os laços culturais entre esses dois povos, que são a base dessa forte amizade entre Brasil e Japão, que completa mais de um século de existência.

Finalizando minhas palavras, desejo ainda mais sucesso ao Instituto, saúde a todos os seus membros e prosperidade em todo o seu trabalho realizado na divulgação das diversas expressões culturais do Japão.

Muito obrigado.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – O Senhor Presidente do Instituto Cultural Brasil-Japão, Doutor Sohaku Raimundo Cesar Bastos, pediu para fazer uso novamente da palavra, e eu quero devolvê-la.

O SR. SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS – É com muita honra que entregamos essa homenagem dos 60 anos da fundação do Instituto Cultural Brasil-Japão ao Vereador Eliseu Kessler, nosso sócio, pelos relevantes serviços prestados à Instituição. Isso é uma pintura, um desenho em alto relevo do Japão.

(É feita a entrega do quadro)

(PALMAS)

O SR SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS - Aproveitando a oportunidade, gostaríamos de entregar ao Senhor Cônsul-Geral, Senhor Yoshitaka Hoshino, também um exemplar da pintura japonesa, Oshiê, em alto relevo.

(É feita a entrega do quadro)

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Convido, neste momento, o Senhor Diretor Secretário do Instituto Cultural Brasil-Japão, João Baptista de Oliveira, para ocupar a Tribuna e fazer a leitura dos nomes dos agraciados.

O SR. JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA – Senhor Presidente da Mesa, com a devida vênia de vossa excelência, queria registrar aqui a presença em Plenário de dois representantes do Clube Municipal. O Clube Municipal já foi citado aqui nesta Assembleia, que é a casa parceira do Instituto Cultural Brasil-Japão e irá sediar eventos do 60º aniversário.

Estão aqui presentes, representando o Clube Municipal, o Doutor Jorge Augusto de Oliveira, Presidente do Conselho Deliberativo, e o Doutor Jorge Costa, Presidente do Grande Conselho de Beneméritos. Sejam bem-vindos.

Queremos também dizer aqui da nossa preocupação, porque muitos dos nossos homenageados não tiveram condições de estar aqui hoje. Faremos a chamada apenas para que todos saibam quem são.

Queria solicitar inicialmente aos que irão receber a homenagem como grandes beneméritos, que se posicionem em fila aqui ao lado, por gentileza.

Padre Jesus Hortal Sanchez.

Os que tiverem representantes, que venham. Sabemos que o Padre Jesus Hortal Sanchez não poderia estar aqui hoje.

Professor Moacyr Barros Bastos.

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Não sabia que o filho do Professor Moacyr Bastos estava aqui. Desculpe, não o vi. Fiz uma homenagem ao seu pai sem saber que você estava aqui. É com muita alegria que recebemos aqui uma pessoa, filho de um homem tão ilustre como é o Professor Moacyr Bastos. Certamente, filho de peixe, peixinho é. Então, você é um grande homem como seu pai.

Muito obrigado pela sua presença.

O SR. JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA – Pedimos também que a senhora Chisako Nogami Takao, por favor, se posicione na fila.

Senhora Harumi Urata; Senhora Berenice da Silva Araújo Arrais Rosal, que será representada pelo seu filho Ademar; Senhora Líria Fukamoto; Senhora Deise Keller Cavalcante; Senhor Hitoshi Nakamura; Senhora Leda Vaz Pereira; Senhora Maria Carmem de Oliveira; Senhora Masuyo Otsuka; Senhora Mitiko Une; Professora Mônica Regina da Costa Marques, que, através da Uerj, nos tem dado apoio extraordinário.

O próximo homenageado está no Japão, Professor Nobuo Yanai. A diretoria se encarregará de mandar para o Japão a sua homenagem.

Professor Raul Andrade, que, através do BNDES, nos tem prestado valiosíssimo apoio.

A próxima homenageada também está no Japão, Professora Reiko Yanai. A diretoria fará chegar até ela.

Professor Rinji Fukumura, mais antigo professor de nossa instituição; Shizuka Maeda, seu representante.

Queria registrar aqui que esta é uma homenagem post mortem. Shizuka Maeda foi grande colaboradora nossa, que faleceu recentemente, mas faremos chegar à família esta homenagem que está sendo prestada.

Professora Tomo Ishibashi é nossa professora de Oshiê, é a artista que produz todos esses quadros que estão sendo distribuídos em homenagem aos nossos sócios beneméritos e honorários. O instituto começou com a arte. Então, a gente homenageia com a arte.

Professora Toshie Murakoshi, outra personalidade a quem o Instituto muito deve, pelo trabalho que vem desenvolvendo ao longo de muitos anos, principalmente na parte da culinária.

(É feita a entrega das Moções de Louvor e Reconhecimento, quadros de Oshiê e Certificados de Agradecimentos)

(PALMAS)

O SR. JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA – Terminada a relação dos sócios honorários, nós temos algumas homenagens que chamamos do “sessentenário”. O Instituto não poderia deixar de, nessa oportunidade, homenagear também os seus funcionários, aqueles que fazem com que o Instituto possa se movimentar.

Chamamos primeiramente o Senhor André Barbosa, que estava até agora há pouco trabalhando para ajudar a preparar o cenário para que pudesse acontecer a Solenidade.

Chamamos agora a funcionária Teruco Tonaki de Lima.

André Barbosa e Teruco de Lima são os dois funcionários que nos ajudam a fazer com que o Instituto possa andar.

(É feita a entrega das Moções)

(PALMAS)

O SR. JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA – As homenagens que vêm a seguir serão feitas na própria Mesa.

O nosso presidente apresentará as instituições parceiras, aquelas que estão sempre dividindo conosco a nossa proposta institucional.

A representante da Fundação Japão – não sei se está presente – e a da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Rio de Janeiro.

(É feita a entrega das Moções)

(PALMAS)

O SR. JOÃO BAPTISTA DE OLIVEIRA – A próxima é da Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro – Renmei.

O SR. SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS – Os dizeres são os mesmos para a Associação Cultural e Esportiva Nipo-Brasileira do Estado do Rio de Janeiro.

Eu gostaria de fazer a entrega, também, ao representante da Câmara de Comércio, que é também da Mitsui, Senhor Asahi, por favor.

(É feita a entrega do Certificado de Agradecimento)

(PALMAS)

O SR. JOÃO BAPTISTA OLIVEIRA – Fazer um registro que a Mitsui é a empresa que patrocina os prêmios do Concurso Cultural Brasil-Japão, que é o concurso que o Instituto Cultural Brasil-Japão promove com a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro para a rede pública dos 92 municípios.

O SR. SOHAKU RAIMUNDO CESAR BASTOS – Eu gostaria de chamar também a Associação Nikkei do Rio de Janeiro, para receber o certificado de agradecimento.

(É feita a entrega do Certificado de Agradecimento)

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Eu quero, com muito prazer, também, entregar às mãos do Excelentíssimo Senhor Cônsul-Geral do Japão, Senhor Yoshitaka Hoshino, a Moção de Louvor e Congratulações da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, aprovada por unanimidade nesta Casa, como todas as outras Moções também assim o foram, de forma que é uma honra poder passar para suas mãos essa honraria do Palácio Pedro Ernesto da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

(É feita a entrega das Moções)

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Eu quero, com muito prazer, agradecer a presença de todos, aos assessores, à equipe técnica da Câmara Municipal, à minha assessoria também, que sempre tem estado muito presente, e a todo o Cerimonial, que, com muito prazer, tem dado da sua competência para nos assessorar nesta Casa.

Agradeço também ao Doutor Sohaku pela maestria com que conduz todos os trabalhos que lhe são afetos, que são confiados em suas mãos, e sempre o faz com muito amor. Por isso é que as coisas saem tão bem organizadas. Então, parabéns, Doutor Sohaku, pelo seu carinho e dedicação. Onde o senhor coloca as mãos, as coisas fluem.

Convido para os cumprimentos no Salão Nobre Vereador Antônio Carlos Carvalho, onde será oferecido um coquetel de confraternização, logo após ouvirmos o Hino da Cidade do Rio de Janeiro.

(Ouve-se o Hino da Cidade do Rio de Janeiro)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – Antes de encerrar a Solenidade, eu gostaria de registrar a presença da mulher mais importante da minha vida, que está aqui nesta tarde conosco, que é a minha esposa, a Renata Kessler. Dá um sinal para todos.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (ELISEU KESSLER) – É a mulher mais linda deste evento. Depois que vocês forem embora, continua sendo vocês, mas hoje é ela.

Está encerrada a Solenidade.

(Encerra-se a Solenidade às 16h09)