Art. 1º Fica alterada a lei 5146/2010, para incluir no § 5 do art. 6º, a seguinte data comemorativa:
" ... Dia do Gari, a ser comemorado no dia 16 de maio, integrando o Calendário Oficial de Eventos
e Datas Comemorativas da Cidade do Rio de Janeiro."
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Plenário Teotônio Villela, 06 de maio de 2010.
BENCARDINO
Vereador
Presidente da Comissão de Abastecimento, Industria, Comércio e Agricultura
Membro da Comissão de Turismo
A proposição institui no Calendário Oficial do Município do Rio de Janeiro o Dia do Gari, dia 16 de maio, a fim de que a categoria receba as devidas comemorações e que seja lembrada a relevante importância destes trabalhadores para a vida do povo carioca.
Os garis são os profissionais da limpeza que recolhem o lixo das residências, indústrias e edifícios comerciais e residenciais, além de varrer ruas, praças e parques. Também capinam a grama, lavam e desinfetam vias públicas.
Apesar de imprescindíveis para a manutenção da limpeza das cidades, o gari quase sempre passa despercebido nas ruas. As pessoas costumam considerar o trabalhador braçal apenas como sombra na sociedade, seres invisíveis, sem nome. O gari enfrenta o drama da “invisibilidade pública”, ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde se enxerga somente a função e não a pessoa.
Em Portugal, eram conhecidos como "almeida", em homenagem a um cidadão com Almeida no nome, que foi diretor-geral da limpeza urbana da capital portuguesa. O nome gari também é uma homenagem a uma pessoa que se destacou na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro - o francês Aleixo Gary.
O empresário Aleixo Gary assinou contrato, em 11 de outubro de 1876, com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade do Rio de Janeiro. O serviço incluía remoção de lixo das casas e praias e posterior transporte para a Ilha de Sapucaia, onde hoje fica o bairro Caju. Ele permaneceu no cargo até o vencimento do contrato, em 1891. Em seu lugar, entrou o primo Luciano Gary. A empresa foi extinta um ano depois, sendo criada a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade.
Em 1906, a superintendência tinha 1.084 animais, número insuficiente para carregar as 560 toneladas de lixo da cidade. Assim, da tração animal passou-se à tração mecânica, e depois ao uso do caminhão.
Pelo exposto, conto com o apoio dos meus pares para a aprovação desta Lei.