Na madrugada do dia 29 de agosto de 1993, aconteceu uma das maiores chacinas da Cidade do Rio de Janeiro, culminando na morte de 21 moradores inocentes, em diversos pontos da Comunidade de Vigário Geral.
Prestes a completar 18 anos da tragédia, não devemos esquecer este fato tão triste da nossa sociedade, para que não esmoreçamos na nossa luta de um Rio de Janeiro sem violência.
Esta tragédia, de certa forma, impulsionou manifestações da sociedade, que organizou eventos, como a primeira grande manifestação pública contra a violência na cidade do Rio de Janeiro, organizado pelo movimento social Viva Rio, em dezembro de 1993.
Neste mesmo período nasceu o Grupo Cultural AfroReggae, que tem como objetivo o resgate da cidadania nas favelas, e continua até hoje sua luta, retirando muitos jovens das drogas e da criminalidade.
Não queremos mais uma “Cidade Partida”, conforme resumiu muito bem o escritor Zuenir Ventura em título do seu livro sobre a tragédia. Devemos efetivar medidas de prevenção e combate à epidemia de violência que assola nossa Cidade e nosso País, tais como a luta pelo desarmamento, pela impunidade, por uma educação de qualidade nas escolas públicas, entre outras.
Conforme tema abordado em exposição realizada pela Subsecretaria de Proteção às vítimas de violência – Pró Vitima, devemos “Lembrar para não esquecer. Não esquecer para transformar”
A cidade do Rio de Janeiro, conhecida como uma das cidades mais lindas do mundo, também deve ser conhecida como a cidade que tenhamos orgulho de viver. Devemos fazer tudo que estiver em nosso alcance para deixarmos um lugar melhor para as futuras gerações: nossos filhos e netos.
Assim, a existência de uma data oficial para lembrar desse fato contribuirá, certamente, para manter acesa a chama da mobilização da sociedade, prosseguindo e aumentando as iniciativas pela integração social, para que nunca mais se tenha uma tragédia como essa.
Por todo o exposto, solicito o apoio de meus pares na aprovação da presente proposição legislativa.