Ary Carvalho nasceu em Birigüi, interior de São Paulo. Aos 14 anos, mudou-se para a capital, para continuar os estudos. Em 1955, trabalhava no jornal do bairro onde morava, a Folha de Pinheiros. No bar Ponto Chic, reduto da boemia paulista, conheceu um fotógrafo da Última Hora - de Samuel Wainer - que havia documentado um casamento celebrado pelo rito maçom e precisava de texto para complementar a reportagem.
Ary comprou dois livros sobre o assunto, observou as fotos e foi para a máquina de escrever. A reportagem, com a assinatura do autor, foi publicada na capa do segundo caderno do jornal, onde ele conseguiu emprego. Em pouco tempo, passou da reportagem Geral para a Economia e, a seguir, foi ser chefe de reportagem.
Depois de promovido a secretário de redação do jornal e, em seguida, a diretor - o mais jovem diretor de redação da Última Hora -, Ary Carvalho aceitou, em 1961, o desafio de dirigir a Última Hora do Paraná, que, sob seu comando, passou de seis mil exemplares diários para 23 mil. Em 1962, nova mudança. A convite de Samuel Wainer, transferiu-se para Porto Alegre, onde foi dirigir a Última Hora gaúcha, que, assim como a de São Paulo e de outras capitais, foi impedida de circular pelos militares que tomaram o poder no golpe de 1964.
Foragido durante algumas semanas, o jornalista veio ao Rio de Janeiro visitar Samuel Wainer, que estava exilado na Embaixada do México, e lhe propôs a compra do diário. Wainer aceitou vender as máquinas de escrever, oito máquinas fotográficas, quatro lambretas, um arquivo fotográfico e dois carros, mas não o título.
De volta a Porto Alegre, Ary Carvalho lançou, no dia 4 de maio de 1964, o Zero Hora, um tabloide que revolucionou a imprensa no Rio Grande do Sul. Em 1970, vendeu o Zero Hora aos atuais donos da Rede Brasil Sul de Comunicações. Transferiu-se para o Rio, onde dirigiu O Jornal e de onde saiu para ser diretor-editor da Última Hora carioca. Acabou comprando o título com o dinheiro que recebera da venda do Zero Hora e instalou o jornal num prédio na zona do Cais do Porto. Mais profissionais foram contratados, e o jornal aumentou sua circulação.
Em 14 de outubro de 1983, Ary Carvalho adquiriu O DIA, que vendia 180 mil exemplares nos dias úteis e 300 mil aos domingos. Iniciou, então, uma transformação editorial e gráfica, fiel ao lema estabelecido nos primeiros dias de sua administração - ‘fazer um jornal melhor todo dia’ - e sem perder o foco em seu principal parceiro: o leitor, como fez questão de destacar na capa da edição comemorativa dos 50 anos do DIA, em 5 de junho de 2001.
As inovações adotadas pelo jornalista e empresário não apenas mudaram o aspecto e o conteúdo do DIA, mas também transformaram o jornal numa empresa moderna, alcançando altos níveis de eficiência que lhe valeram vários prêmios nas áreas de jornalismo, administrativa e de marketing Legislação Citada LEI Nº 20, DE 3 DE OUTUBRO DE 1977
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Outras Informações:
01.:Comissão de Justiça e Redação 02.:Comissão de Assuntos Urbanos 03.:Comissão de Educação