De acordo como o Dicionário Aurélio, Candonga significa intriga, mexerico e ao mesmo tempo afagos e mimos. No mundo do samba, o verbete ganha outra definição: um mulato de 1,84 m de altura, 130 quilos, com o nome de batismo José Geraldo de Jesus, que durante quase 50 anos, fiscalizou e organizou, sempre de toalha em punho, as baterias das escolas de samba durante os desfiles do Carnaval carioca.
Tinha trânsito livre em todas as escolas de samba e coordenava os desfiles do Carnaval, era muito conhecido por ser a única pessoa com autorização para estacionar o seu veículo atrás do segundo recuo da bateria, possuía o costume de distribuir bebidas para os foliões.
Na década de 50 foi trabalhar na Secretaria de Turismo, dentre sua incumbências, tinha a responsabilidade de ser o guardião da chave da cidade, a mesma que todos os anos o Prefeito entrega ao Rei Momo na abertura do Carnaval carioca.
Em 26/03/1997, Candonga faleceu, deixando esposa Maria Aparecida Alves de Jesus, dois filhos, Mauricio George S. de Jesus e Maria Cristina S. de Jesus, e as netas Amanda Georgia B. de Jesus e Aline Georgia B de Jesus.
Infelizmente Candonga não está mais entre nós, no entanto, sua memória está mantida através do Instituto Cultural Candonga, entidade sem fins lucrativos que atua principalmente no seguimento do samba. A instituição realiza diversas ações culturais, atendendo mais de 200 crianças carentes, com formação de crianças e jovens.
Dessa forma, o presente projeto de lei tem por objetivo reconhecer a memória de Candonga e de toda sua atuação na cultura carioca, dando nome de Espaço Candonga ao Segundo Recuo da Bateria do Sambódramo.