Dia do Império Serrano, a ser realizado anualmente no dia 23 de março.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
A presente proposição visa declarar como patrimônio cultural e imaterial o Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano, com a finalidade de preservar a cultura do samba, da música e da história da nossa cidade. Originária do Morro da Serrinha encontra-se sediada na Avenida Ministro Edgard Romero, ao lado da estação de trem Mercadão de Madureira, no bairro de Madureira. Foi fundada em 23 de março de 1947 a partir de uma dissidência da escola de samba Prazer da Serrinha. Elói Antero Dias, Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, Aniceto Menezes, Antônio dos Santos (Mestre Fuleiro) e Eulália do Nascimento, estão dentre seus ilustres fundadores. O nome "Império Serrano" foi proposto por Sebastião Molequinho e faz referência ao Morro da Serrinha. A escola tem como cores o verde e o branco, escolhidas por Antenor Rodrigues de Oliveira. A Coroa Imperial Brasileira é o símbolo da agremiação. O Império não tem escola madrinha. São Jorge é o santo padroeiro da agremiação. O Império Serrano é o quarto maior vencedor da folia carioca, com nove títulos de campeão, conquistados nos anos de 1948, 1949, 1950, 1951, 1955, 1956, 1960, 1972 e 1982. Também possui quatro títulos da segunda divisão, conquistados em 1998, 2000, 2008 e 2017. Desfilou pela primeira vez em 1948, sendo tetracampeã nos quatro primeiros desfiles que participou. Em 2001 foi condecorado com a Ordem do Mérito Cultural. A escola é uma das maiores vencedoras do prêmio Estandarte de Ouro, conhecido como "Oscar do carnaval". Entre os carnavalescos com passagens marcantes pela escola estão Fernando Pinto, Rosa Magalhães e Renato Lage. Cabe ressaltar que dentre as contribuições do Império Serrano ao carnaval estão a introdução de instrumentos como o prato, o reco-reco, a frigideira e o agogô de quatro bocas na bateria, além da criação dos destaques de luxo. A bateria da escola é denominada "Sinfônica do Samba" e tem como marca registrada a ala de agogôs. Em 1983 foi criada a primeira escola de samba mirim da história “o Império do Futuro”. Sua discografia é marcada por clássicos do gênero de samba enredo como "Aquarela Brasileira" (de 1964, reeditado em 2004); "Exaltação a Tiradentes" (1949); "Cinco Bailes da História do Rio" (1965); "Heróis da Liberdade" (1969); "Lenda das Sereias, Rainhas do Mar" (de 1976, reeditado em 2009); "Bum bum Paticumbum Prugurundum" (1982); "Mãe Baiana Mãe" (1983); "Eu Quero" (1986); "O Império do Divino" (2006); entre outros. A ala de compositores da escola é considerada referência pelos sambistas. Por ela, passaram personalidades como Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola, Aniceto do Império, Dona Ivone Lara, Beto Sem Braço, Aluízio Machado, Arlindo Cruz, entre outros. Na Velha Guarda da escola participaram renomados sambistas como Nílton Campolino; Mestre Fuleiro; Sebastião Molequinho; Wilson das Neves; Ivan Milanez; Tuninho Fuleiro; Rachel Valença; Luís Carlos do Cavaco; Nilson Rangel; Reinaldo Muzza; dentre outros. A Serrinha é citada em diversas composições do Império Serrano, como nos sambas de 1989 "Sob os olhos graciosos de Oxalá / Desce a Serrinha"; 1999 "Lá vou eu de verde e branco, feliz / A serrinha é meu encanto, meu país"; 2010 E na Serrinha ecoa a voz de uma nação que diz: Sou Império!; 2011 Poema que é ponto de partida / Pra Serrinha entrar em cena / Com Vinicius nessa avenida; dentre outros. Assim sendo, como um marco na história do samba carioca, apresento a proposta em tela para apreciação e aprovação dos meus pares. Texto Original:
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