Comissão Permanente / Temporária
TIPO : REUNIÃO

Da COMISSÃO ESPECIAL INSTITUÍDA PELA RESOLUÇÃO Nº 1.586/2023

REALIZADA EM 11/21/2023


Íntegra Reunião :

COMISSÃO ESPECIAL, INSTITUÍDA PELA RESOLUÇÃO Nº 1.586/2023, “COM A FINALIDADE DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR OS SERVIÇOS DAS CONCESSIONÁRIAS VENCEDORAS DOS LEILÕES DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS DO RIO DE JANEIRO (CEDAE)”.


ÍNTEGRA DA ATA DA REUNIÃO REALIZADA NO DIA 21 DE NOVEMBRO DE 2023


(Acompanhamento e Fiscalização dos Serviços das Concessionárias Vencedoras dos Leilões da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae))


Presidência do Sr. Vereador Prof. Célio Lupparelli, Presidente.
 

Às 10 horas, na Sala das Comissões Vereador Ary Barroso, sob a Presidência do Sr. Vereador Prof. Célio Lupparelli, Presidente, com a presença dos Senhores Vereadores Rocal, Relator; e Átila Nunes, Membro, tem início a Reunião da Comissão Especial instituída pela Resolução nº 1.586/2023, “COM A FINALIDADE DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR OS SERVIÇOS DAS CONCESSIONÁRIAS VENCEDORAS DOS LEILÕES DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS DO RIO DE JANEIRO (Cedae)”.


O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Bom dia.
Nos termos do Precedente Regimental nº 43/2007, dou por aberta a Reunião da Comissão Especial, instituída pela Resolução nº 1.586/2023, “COM A FINALIDADE DE ACOMPANHAR E FISCALIZAR OS SERVIÇOS DAS CONCESSIONÁRIAS VENCEDORAS DOS LEILÕES DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS DO RIO DE JANEIRO (Cedae)”.
A Comissão Especial está assim constituída: Vereador Prof. Célio Lupparelli, Presidente; Vereador Rocal, Relator; e Alexandre Isquierdo, Átila Nunes e Marcio Santos, Membros.
Para constatar o quórum necessário à realização desta Reunião, procederei à chamada dos membros presentes.
Eu, Vereador Prof. Célio Lupparelli, presente.
Vereador Rocal.

O SR. VEREADOR ROCAL – Presente.


O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Vereador Átila Nunes

O SR. VEREADOR ÁTILA NUNES – Presente.


O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Há quórum para a realização dos trabalhos.
A Reunião convocada destina-se a discutir o balanço de 2023 das Concessionárias Iguá Saneamento e Águas do Rio.
Registramos as seguintes presenças: Senhor Sinval Andrade, superintendente da Águas do Rio; Senhora Fernanda Galvão, atendente em Relações Governamentais da Águas do Rio; Senhora Caroline Ribeiro Couto, Coordenadora de Comunicação da Águas do Rio, Senhora Advogada Águas do Rio; Doutora Ana Carolina kimuchi; Senhora Joseli Cabral, Gerente Instrucional da Iguá.
Com a palavra, o Senhor Sinval, para sua apresentação.
Antes disso, o nosso Senhor Relator, Vereador Rocal, com a palavra.



O SR. VEREADOR ROCAL –  Bom dia a todos.
Eu faço essa saudação inicial porque daqui a pouquinho estarei no Salão Nobre para uma cerimônia. Não poderei acompanhar presencialmente. Mas está muito bem.
Parabenizar o Nobre Vereador Prof. Célio Lupparelli pela iniciativa da criação da Comissão. Acho que esta Casa de Leis cumpre um papel importante em acompanhar aquilo que é mais vital para a nossa cidade, para nossa vida, que é a água.
Fiquei muito satisfeito de encontrar aqui pessoas antigas, que já são do meu círculo político desses três mandatos, pessoas com as quais eu convivi nesta Casa. Está aqui o nosso querido Sinval, um homem que é respeitado, um homem que realmente participou, lá atrás, à época, da antiga Foz Águas. Hoje é Zona Oeste mais Saneamento.  Sempre com muita competência à frente da empresa. Sempre disponível e solícito.  Toda vez que lá eu estava na Comissão, à época junto com Caiadinho, que também era Presidente da Comissão de Saneamento. Sempre atendeu muito bem. Sempre mostrou os resultados, quando ele estava à frente.
Do outro lado, Joseli Cabral, uma pessoa também maravilhosa, que já trabalhou na Light. Igualmente aqui, já esteve várias vezes comigo.
Que bom saber, Prof. Célio Lupparelli,  que o senhor está muito bem acompanhado nesta Reunião por pessoas com quem eu convivi na Câmara, e que sempre demonstraram muito trabalho, muito serviço e muita competência.
Queria saudá-los. Outrossim, mais uma vez, quero saudar o Vereador Prof. Célio Lupparelli e pedir licença porque eu estou indo para minha cerimônia. Mas tenho certeza de que o professor vai conduzir belamente a reunião.
Obrigado. Bom dia!



O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Obrigado, Vereador Rocal.
Com a palavra, o Senhor Sinval Andrade, que fará sua apresentação.



O SR. SINVAL ANDRADE – Bom dia a todos. Bom dia, Prof. Célio Lupparelli. Quero agradecer as palavras também do professor Rocal.
Vou tentar apresentar aqui o que fizemos durante esse período, dentro da nossa obrigação de transparência, de prestar contas a esta Casa, a esta Comissão que foi instituída para isso.
O nosso contrato na capital envolve 124 bairros, atende a 6 milhões de pessoas. Na verdade, o contrato com um todo atinge 27 municípios. Eu vou destacar apenas aqui o extrato da capital.
O contrato foi assinado em agosto dia 2021 – nós iniciamos a operação já no mês de novembro. Antecipamos as funções dos serviços em três meses com relação ao período de operação que tínhamos disponível. A nossa meta de universalização da água é de 8 anos, e até 12 anos a universalização do esgoto.
A maioria das pessoas já sabe, mas não custa relembrar. A Cedae continua sendo responsável aqui pela captação e tratamento de água que é fornecida na capital. Nós adquirimos essa água da Cedae e fazemos a distribuição da água, tratamos de todos os esgotamentos sanitários. E está no nosso encargo toda a relação com o cliente e com usuário.
Nós temos um planejamento de investimento de R$ 7,6 bilhões, no período da concessão, só na capital. Pagaremos R$ 3,3 bilhões em outorga fixa, e R$ 186 milhões em outorga variável para o Município do Rio de Janeiro. E, neste ano, na capital, nós reinvestimos cerca de R$ 860 milhões.
Quando nós assumimos o contrato, a primeira coisa que a gente fez foi utilizar o programa Infra Inteligente, que é um programa que faz todo o mapeamento dos equipamentos, dos ativos nas estações existentes, com o uso de drone, formando assim uma maquete eletrônica, que nos permite fazer simulações, não chega a fazer projeto executivo, mas projetos conceituais.
E o controle de todos os ativos que existem pode ser feito por meio de programa. Nós temos hoje 1300 unidades digitalizadas, com base nesse sistema. Isso foi a primeira medida nossa para ter um controle, um cadastro daquilo que a gente estava herdando.
Montamos também um Centro de Operações Integradas, que funciona 24 horas. Nós não chamamos de Centro de Controle Operacional, porque aqui a gente não só controla toda concessão, mas a gente também emite todas as ordens de serviço, emite todo o acompanhamento e o monitoramento das condições de pressão e vazão. E todo o controle da concessão é feito através desse Centro de Operações Integradas, que se situa no Pier Mauá, no Armazém 2, onde fica a nossa sede.
Nós temos hoje o pessoal trabalhando 24 horas em tempo real, usando inteligência artificial, usando B.I, e fazendo com que a gente tenha todo o controle centralizado do que ocorre na concessão.
Em termos de controle de água, nós utilizamos empresas terceirizadas, mas temos um laboratório, na estação de tratamento de esgoto da Pavuna. E esse laboratório nosso já está aprovado no programa de proeficiência, para os parâmetros de pH e turbidez, ou seja, para fazer acompanhamentos rápidos de parâmetros básicos.
Ele está localizado hoje na Pavuna, ali perto de Caxias. Nós fizemos também, em termos de qualidade, um convênio com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Cidade (Smac), da Secretaria de Meio Ambiente, onde a gente faz o monitoramento de 24 pontos de areia da orla.
Isso não faz parte do nosso contrato, foi um convênio que nós firmamos com a Secretaria de Meio Ambiente, por achar que era muito importante, já que a gente está cuidando também do esgoto, está cuidando da balneabilidade das praias, aí a gente dá essa contribuição de monitorar também a qualidade das areias. A gente tem feito isso numa parceria. É apenas uma das muitas parcerias que nós firmamos com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Nós temos algumas metas que nos impomos, não é meta contratual. Mas nós temos a meta de até 2030, ter 34% das nossas lideranças autodeclaradas negras. Hoje é importante as pessoas saberem, a Águas do Rio tem 70% do seu efetivo hoje autodeclarado negro. Isso, para a gente, é muito importante. A gente busca agora – está muito próximo, a gente já está com 31% – a meta de 34% de pessoas negras na liderança. Mulheres na liderança, 41%, e uma redução do consumo de energia de 15%.
O controlador da Águas do Rio, que é o grupo Aegea, acabou de lançar bonds no mercado, baseado justamente em metas de sustentabilidade, ou seja, cumprindo essas metas de sustentabilidade, você mantém juros mais baixos na captação de recursos.
Na parte de geração de emprego e renda nós temos quatro mil empregos gerados diretamente na capital, com mil pessoas contratadas em comunidades e mais 7 mil empregos indiretos. No total da Águas do Rio, nós temos hoje 8 mil colaboradores, sendo que 4,5 mil vêm de comunidades.
A gente tem a destacar também o combate ao racismo. Nós temos um programa muito consistente, que se chama “O respeito dá o tom”, que, no grupo Aegea, completa agora 5 anos, e dentro da Águas do Rio foi implantado desde a sua concepção original.
Temos um destaque ali na nossa loja de Copacabana. Nós reativamos a loja de Copacabana, que estava inativa. Aproveitamos que Copacabana é o bairro que tem maior porcentagem de idosos do País, e fizemos uma homenagem a essa população idosa. Naquela loja só trabalham pessoas com mais de 50 anos, com destaque para a Dona Carminha, que completou 85 anos agora, que é a pessoa que faz o primeiro atendimento na loja. E todos que entraram nessa loja, nós inauguramos há um ano essa loja, todas essas pessoas continuam lá e continuam trabalhando motivadas e crescendo, inclusive. Uma delas está ali na foto, nem está mais na loja em que foi promovida a supervisora.
Então, é com muito prazer que a gente faz isso, ao tempo em quem a gente tem alguns programas voltados para jovens, justamente para poder fazer esse mix de gerações que a gente vai mostrar adiante.
Nós temos o Programa Jovem Aprendiz. Só na capital são mais de 150 jovens dentro desse programa. A primeira turma de 2022 nós conseguimos contratar 70% dos jovens aprendizes. Isso é um resultado para a gente muito gratificante.
Em termos de intergeracionalidade, dentro dessa questão do combate ao etarismo, nós temos uma distribuição de idade muito bem equilibrada dentro da empresa.
Pode-se ver pelo gráfico que a nossa porcentagem de pessoas com menos de 25 anos é exatamente igual a das pessoas com mais de 50 anos. Você tem ali com menos de 30 anos quase a mesma proporção dos que tem mais de 41 anos. E a maior concentração é entre 31 e 40, o que seria natural, que é a fase mais ativa, realmente produtiva do profissional. É uma divisão bastante interessante, que faz um mix das pessoas mais experientes com as pessoas mais jovens.
Por falar em experiente, uma das medidas que nós estamos aqui na capital foi aproveitar ao máximo os profissionais técnicos oriundos da Cedae, nós temos uma integração entre profissionais de vieram da Cedae, profissionais que vieram de outras concessões aqui no estado, profissionais que vieram de outros locais do país, de outras concessões do Grupo Aegea, fazendo realmente é um caldo de experiência dentro de saneamento, o que tem ajudado muito a alcançar os resultados que nós estamos tendo hoje.
Temos ainda o Programa Pioneiros, que são jovens que são impactados, que têm um trabalho a ser feito, são premiados primeiro no nível local e depois no nível nacional, para incentivar esse jovem dentro da iniciação científica dentro do saneamento.
Temos, então, o Programa Afluentes que é um programa de comunicação direta com as lideranças. Nós temos, hoje, cerca de 3.000 líderes engajados nesse programa. Eles falam diretamente com a gente, eles têm grupos de WhatsApp em que se conectam diretamente com a gente. Eles não passam, por exemplo, pelo atendimento 0800, eles são pessoas que trazem para a gente problemas de interesse geral.
Então, se você tem problema na comunidade, se você tem problema em determinado bairro, esses líderes genuínos da comunidade entram em contato com a gente. Nós temos uma equipe grande que faz esse atendimento direto, o encaminhamento direto disso para poder estar com a ansiedade da população muito bem calibrada dentro da empresa.
Nas escolas, nós temos, hoje, mais de 200 mil estudantes impactados no nosso Programa Saúde Nota 10 e damos um destaque para o Programa Esse Rio é Meu, que também é uma parceria com a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Esse programa foi adotado pela Secretaria de Educação do município. Hoje a questão do saneamento está na grade curricular das escolas municipais, e nós participamos desse programa dando todo o conteúdo, dando todo o treinamento a professores e participando dos eventos junto aos alunos. Ali nós estamos com a equipe do planetapontocom, que é a empresa que promove esse trabalho junto com os padrinhos desse programa aqui na Cidade do Rio de Janeiro, que é o Thiago Lacerda e a Malu Mader.
Toda a equipe, inclusive da Prefeitura ali junto, é um trabalho conjunto realmente da empresa com organizações não governamentais, com a Secretaria de Educação do município. É mais uma das parcerias que a gente firmou dentro da Cidade de Rio de Janeiro.
Apenas da capital nós temos 525 comunidades com mais 1 milhão de pessoas atendidas. Nesse ano, nós fizemos 20 mil novas ligações, atendendo diretamente 75 mil pessoas e com mais de 500 profissionais dedicados apenas à comunidade. Nós temos uma verba destinada pelo contrato de R$ 1,2 bilhão a ser revestida nessas áreas. E nós criamos, para dar uma atenção especial às áreas de comunidade, uma diretoria de superintendência específica para comunidade.
Eu, por exemplo, sou diretor superintendente da capital da área formal, mas nós temos um diretor específico para a comunidade, para que o programa em comunidade tenha uma atenção especial.
Uma das correções, assim, mais interessantes que eu acho que esse contrato fez é que antigamente a Cedae ficava com a área formal, e a Prefeitura ficava com as comunidades, o que gerava uma interface muito difícil de se conter. Hoje não, nós somos responsáveis de ponta a ponta, tanto no asfalto quanto na comunidade.
Isso faz com que a cidade seja tratada como uma coisa só, e as pessoas que moram em comunidade tenham o mesmo tratamento digno e o mesmo padrão de serviço que as pessoas que estão no asfalto têm.
Para isso a gente criou um programa chamado Vem com a Gente, que é um programa que contém 1.148 colaboradores, já visitou mais de 1 milhão de imóveis durante esse ano; com 3,3 milhões de pessoas atendidas. Só esse programa executou 27 quilômetros de rede nas comunidades da capital. Esse é o programa que a gente entra com uma equipe e faz todo o serviço de regularização: põe água, tira o “gato”, tira a ligação irregular, normatiza tudo. Traz essa pessoa para dentro do sistema comercial e, depois que esse programa sai, para cada 4.000 pessoas, ficam duas pessoas lá, de preferência da comunidade, para dar atenção àquela comunidade na saída do programa. Ou seja, você não entra, faz o serviço e sai; você entra, faz o serviço e fica, inclusive com pessoas que têm atração e afinidade cultural com aquela comunidade.
Um resultado interessante desse trabalho é que a gente reduziu o consumo, a perda, o uso exagerado de água, em vários locais; passando a ter um uso mais consciente. Eu destaco ali, por exemplo, na Gringolândia, que nós tínhamos 37 m3 por mês, em média, para cada morador; hoje, está em 11 m3 por mês. Na Barreira do Vasco, o consumo médio era de 25 m3 por mês; hoje, está em 16 m3 por mês, para cada casa. Isso é o quê? Isso é o avanço da conscientização, do uso consciente da água, fazendo com que a gente reduza desperdício e possa melhor distribuir essa água para outros locais.
Também fizemos o Programa Empreenda-e, que é um programa onde a gente incentiva pessoas empreendedoras e está patrocinando essas pessoas. Nós, hoje, temos 85 empreendedores cadastrados sendo analisados, com sete já em pleno funcionamento; pegando essas pessoas que têm essa vocação empreendedora, para poder tocar o seu trabalho com apoio da Águas do Rio.
Em termos de números, em termos de atendimento ao cliente, nós fizemos, em 2023, mais de 430 mil atendimentos a clientes, com um tempo médio de espera abaixo de quatro minutos. Isso, nas lojas. No call center, nós já fizemos mais de 1 milhão de chamadas, em 2023, e o tempo médio de espera é um 1 minuto e 5 segundos. Nós temos realmente investido muito nos canais de atendimento. É uma área em que a demanda cresce muito. Quanto mais você tem transparência, tem resposta e tem atuação junto às comunidades, o nível de solicitação aumenta, porque as pessoas começam a entender que, ao solicitar, elas terão resposta.
Então, o nível começa a crescer cada vez. E a gente tem tido realmente um número grande de atendimentos e feito um esforço de estruturação de call center, para que possa atender todo esse volume, cada vez maior.
Em termos de obras e serviços, nós temos a comemorar que cerca de 25 mil pessoas receberam, esse ano, água pela primeira vez. Ali ao lado, tem a imagem da dona Ruth, que mora no Pavão Pavãozinho, a menos de um quilômetro da área mais cara do Rio de Janeiro, e que, com 62 anos, tomou banho de chuveiro pela primeira vez, depois que a gente entrou. É um depoimento dela bastante emocionante. A nossa equipe pôde presenciar isso. E é isso que está levando: dignidade às pessoas. Nós fizemos 44 quilômetros de novas redes de água e 320 quilômetros de redes foram substituídas nesse período.
Prestando conta das principais obras executadas. A gente arrumou, botou automação, fez inversor de frequência, botando as bombas para funcionar de maneira adequada, na Estação de Água da Caixa Nova – isso aí atinge 220 mil pessoas, no Alto da Boa Vista, Tijuca, Usina e a Zona Norte do Rio de Janeiro, que vinham com alguma deficiência nesse sentido. Com essa automação, o número de elevatórias nossas que têm serviço de telemetria e de automação dobrou e as que têm controle externo passou a 11 vezes mais do que existia quando a gente entrou. Mexemos também na Estação Elevatória de Água do Guaicurus, que fica ali no Rio Comprido, uma elevatória muito importante, que toda a parte elétrica estava muito antiga.
Nós modernizamos toda a parte hidráulica, toda a parte elétrica, trocamos a subestação, trocamos as bombas e implantamos telemetria. Essa estação elevatória atende a 270 mil pessoas, ali para Botafogo, Catumbi, Cosme Velho, Laranjeiras, Leme, Urca e Santa Teresa. Fica ali perto da Barão de Petrópolis, no Rio Comprido. Foi uma obra realmente difícil de fazer, pela questão do acesso. E nós conseguimos pôr em dia e reformar totalmente essa Elevatória de Guaicurus.
Fizemos a instalação de um booster na Estação Elevatória de Anchieta. Ela estava com um problema crônico de falta d'água. Mais de 50 mil moradores foram beneficiados com isso e fizemos o retrofit, quer dizer a reforma do sistema elétrico na Elevatória do Juramento, que atende a 370 mil pessoas, em diversos bairros da cidade. Se eu for citar todos, a minha apresentação não acaba.
Reformamos 92 reservatórios. Colocamos, hoje, 92 reservatórios para funcionar em comunidades, e especialmente ali no Morro da Lagartixa, Chapadão, em Costa Barros, no Morro da Formiga, na Tijuca, e Pedra da Mangueira, que estavam parados, desativados.
Em termos de comunidade, nós fizemos, na Rocinha, o benefício a mais de 111 mil pessoas, com a instalação de equipamentos de automação nas estações elevatórias dentro da Rocinha; no Cajueiro, obras de extensão de rede, com cerca de 650 metros de rede colocadas para aumentar a vazão, o que atendeu, diretamente, 5.000 pessoas.
Em Vigário Geral, também, entramos na elevatória, na Estação Elevatória da Pavuna, melhorando a vida de 18.000 pessoas. E, no Parque Criança Esperança, em Anchieta, nós fizemos uma extensão de 180 metros, além da interligação do sistema de bombeamento para 7.000 moradores. Ou seja, as obras que nós estamos fazendo são, em diversos estágios, obras de grande porte, obras de pequeno porte, obras, inclusive, muito pequenas em alguns locais, mas que levam água, pela primeira vez, à pessoa e para a gente isso tem a mesma importância.
Em termos de esgoto, nós reativamos três elevatórios que estavam inoperantes no Acari, beneficiando 23.000 pessoas. Substituímos os equipamentos em duas elevatórias da comunidade da região, oito em Vigário Geral e quatro em Parada de Lucas. Na Rocinha, em termos de esgoto, fizemos 60 metros de rede, beneficiando, diretamente, 300 pessoas. E, na central de tratamento de coletor de tempo seco, da Comunidade Pavão Pavãozinho, reformamos dois pontos de captação em tempo seco e recuperamos os poços de visita, beneficiando 30.000 pessoas e trazendo, também, impacto muito importante para a Praia de Copacabana. Porque esse esgoto também ia para a Praia de Copacabana, na forma de língua negra.
Também, na Comunidade do Quieto, na Sampaio, 84 metros de rede. Em Ramos, também, fizemos extensão de rede, beneficiando, também, 216 pessoas. Na Penha, também.... Ou seja, são obras espalhadas por toda a cidade, espalhadas tanto na área formal, como na área de comunidade, e espalhadas aqui na capital, tanto no Sul, no Centro, como na Zona Norte da cidade.
A primeira coisa que a gente fez quando a gente assumiu, e é um trabalho que foi continuado no ano 2023, foi a revitalização do sistema. Nós temos um sistema muito robusto implantado na Cidade do Rio de Janeiro e que, na maioria das vezes, não estava tão bem tratado, tão bem mantido. Então, a primeira coisa que a gente partiu para fazer foi revitalizar e por em pleno funcionamento dentro do que o projeto daquelas estruturas previa, botar essas estruturas em funcionamento. A maior estação de tratamento de esgoto da Cidade do Rio de Janeiro e a segunda do país é a de Alegria, ali no Caju, e que atende toda a Zona Norte e o Centro da capital. Ela tem – para se ter uma ideia – obras civis para 5.000 litros por segundo. Ou seja, construção em concreto para 5.000 litros por segundo. Ela foi aparelhada para funcionar com 12.500 litros por segundo. Ou seja, só foi colocado equipamento para metade do que foi construído em concreto, e nós iniciamos com cerca de 1.400 litros por segundo. Hoje, nós já ampliamos para 1.800 litros por segundo e estamos recebendo o tronco coletor de Manguinhos, que atende a 600.000 moradores, que foi implantado pelo Programa de Saneamento Ambiental (PSAM), programa do Estado do Rio de Janeiro.
Nós fizemos na ETE Alegria, basicamente, melhorias civis e elétricas, limpeza dos decantadores e recuperação de comportas e grades, e, inclusive, fizemos uma parte grande de capina para ter acesso às áreas de serviço. Grande parte da estação de tratamento de esgoto da Alegria, quando nós chegamos, você não conseguia ter acesso às áreas que estavam tomadas por mato. Essa é a visão, ali à esquerda, pode se ver como a gente encontrou a ETE Alegria. Nós fizemos a reforma, primeiro, da subestação principal de energia. Fizemos a recuperação das caixas de areia, que são as estruturas que retêm os principais detritos, mais grossos. E fizemos a recuperação das grades finas e mecanizadas das comportas. Ainda ETE Alegria aqui, reformamos o elevatório intermediário, a estação elevatória intermediária. Reformamos todos os motores, recuperamos a centrífuga de desidratação de lodo, adquirimos motobombas, para retorno do lodo com quatro inversores de frequência.
O inversor de frequência é um equipamento que serve para fazer com que a bomba possa trabalhar de maneira variável, não fica... Ou desligada ou no máximo da sua capacidade. Você consegue fazer com que a bomba varie o seu funcionamento de acordo com a necessidade. Então, o equipamento que a gente está implantando em quase todas as bombas do nosso sistema. E fizemos a ativação do adensador com a limpeza do fosso e reforma das bombas de lona.
Iniciamos, também, a reforma da Etig. A Etig é a estação de tratamento da Ilha do Governador, melhoramos os decantadores primários e secundários. Fizemos instalações de novas grades. Nós estamos ainda recebendo as últimas grades, e a recuperação da elevatória de esgoto São Bento. Essa estação estava recebendo 254 litros por segundo. Hoje, nós ampliamos 14% da sua capacidade e vamos fazer muito mais, porque nós estamos iniciando, agora, a reforma do decantadores secundários. Já fizemos os dois primários, estamos iniciando os três secundários, estamos concluindo a questão da reforma das elevatórias com suas grades em Tauá e Paranapuã, instalando quatro comportas e automatizando.
As imagens à esquerda, para vocês terem uma ideia, é como nós encontramos o decantador – cheio de mato, e hoje como ele está, em pleno funcionamento. Aqui são as imagens do antes e depois dos decantadores da estação da Ilha do Governador, que recebe todo o esgoto da Ilha. Todo o esgoto da Ilha do Governador vai para ali.
Nós estamos com muitas obras na ETE Penha. Acho que o destaque seria a questão da subestação de energia, que nós reformamos totalmente. A ETE Penha, hoje, está com 197 litros por segundo e tem uma previsão de, até o final do ano, nós colocarmos com mil litros por segundo. Se forem visitar hoje a ETE Penha, ela é praticamente um canteiro de obras. O que é importante: são obras feitas com a ETE funcionando e enquadrando o afluente em que é lançado.
Na Pavuna, também fizemos a reforma da elevatória de esgoto bruto, recuperamos as grades, instalamos bombas submersíveis e inversores de frequência. Hoje, a Pavuna tem sido um centro de treinamento. Inclusive, nós temos recebido muitos alunos na Pavuna, porque a estação da Alegria, apesar de ser muito grande, é muito dispersa para visita, ela é enorme. A Pavuna é uma estrutura mais compacta. Já recebemos alunos de Maricá, alunos da Uerj. É um local onde a gente pode mostrar todas as etapas de tratamento, de uma estação de tratamento de esgoto, de maneira didática, caminhando menos com os alunos. Hoje a ETE está realmente como uma vitrine para a gente, e ainda tem muito que fazer, mas hoje nós já temos condição de receber as pessoas e mostrar o trabalho que é feito.
Aí, dentro disso, saindo da Zona Norte... Todas as estações de tratamento de esgoto estão na Zona Norte. O sistema de esgotamento sanitário da Zona Norte se pauta em levar o esgoto até essas estações, enquanto na Zona Sul o sistema é diferente: todo o esgoto sanitário é levado para o emissário submarino de Ipanema, que trata esse esgoto e o joga a cerca de 4 km da costa.
Essa foto é uma foto recente da última ressaca que tivemos na Cidade do Rio de Janeiro. A tubulação do emissário apareceu e o pessoal estava usando como trampolim. Eu trouxe porque é uma foto pitoresca, nem sempre se vê o emissário. Ele normalmente está coberto por areia e, com essa última ressaca que deu ali no Leblon, o emissário apareceu e serviu como grande píer de mergulho do pessoal.
Começamos a revitalização das estruturas pela Estação Elevatória de Esgoto de São Conrado, que recebe o bairro de São Conrado e recebe também a Rocinha. Aquela imagem à esquerda é exatamente quando a gente começou a fazer a obra de revitalização – nossos funcionários ali, fazendo a primeira intervenção. E hoje nós não fizemos somente uma coisa civil. Nós fizemos um retrofit de todas as bombas, fizemos toda a recuperação também mecânica e elétrica, e do barrilete de saída, fazendo com que essa elevatória que está projetada para trazer 330 litros por segundo pudesse funcionar na sua plenitude.
Essa elevatória de São Conrado bombeia o esgoto, e esse esgoto passa pela Avenida Niemeyer, vai todo pela Avenida Niemeyer até a Estação Elevatória do Leblon, e de lá para o Emissário Submarino do Ipanema.
Essa aí é a linha de recalque, que é a tubulação que leva o esgoto da Estação de São Conrado até o Leblon. Ele fica ali embaixo da ciclovia da Niemeyer, próximo à ciclovia da Niemeyer, pendurado, e ali existiam duas redes: uma que já estava abandonada há muitos anos e a outra que funciona. A primeira coisa que a gente fez foi retirar toda essa estrutura abandonada que representava risco não só para pessoas, como para a própria ciclovia. Então, nós fizemos toda a retirada com alpinistas e estamos reformando a linha existente.
Ali são imagens já da reforma da linha existente. Nós fizemos a recuperação de 250 suportes, aqueles prendedores que prendem o tubo ali, e também 1.500 metros de tubulação que estão sendo reformados. Para se ter uma ideia, é um diâmetro nominal de 500 milímetros – 50 centímetros.
Temos um ponto também de orgulho, que é a Estação Elevatória de Esgoto Parafuso. Essa estação elevatória fica no Posto 5, de Copacabana, fica no canteiro central, bem ali ao lado daquela feirinha de artesanato que tem em Copacabana. Durante muitos anos, isso foi um fator de incômodo pelo mau cheiro que exalava. Três quarteirões de Copacabana sempre sofreram com mau cheiro intenso ali na praia. Nós retiramos todo esse mau cheiro, colocamos um sistema de desodorização, reformamos a elevatória, reformamos suas bombas parafuso, que são tipo parafuso de Arquimedes, e hoje ela recebe praticamente todo o esgoto da Zona Sul e bombeia para outra estação elevatória, que é a André Azevedo, de onde ela se encaminha para o emissário submarino.
Como é que esse esgoto chega a essa Estação Elevatória do Parafuso? Através do interceptor oceânico. O interceptor oceânico é um grande túnel com 9 km de extensão. Ele sai da Glória até essa estação de Copacabana e chega a ter 5,5 metros de diâmetro. É uma obra dos anos 1970. Essas fotos são da época da construção. Os automóveis antigos ali servem para mostrar o porte da obra, uma obra de engenharia realmente impressionante, que foi feita junto com o alargamento da orla.
Esse túnel, hoje, em Copacabana, passa debaixo do canteiro central e acaba desaguando todo o esgoto da Zona Sul naquela Estação Elevatória Parafuso. Este ano, ele completou 52 anos. Nós fizemos, inclusive, uma comemoração ali. Está ali o engenheiro Ronald Young que, dos engenheiros que constam na placa de inauguração, foi o único que a gente encontrou ainda vivo, com 92 anos. Nós fizemos essa homenagem a ele e a comemoração dos 52 anos do interceptor, porque nesse dia nós concluímos a limpeza do interceptor.
Essa foi uma ação estruturante que nós fizemos, que foi retirar os segmentos que estavam obstruindo esse interceptor. Esse é o grande fio condutor do esgoto da Zona Sul do Rio de Janeiro. Tinha lugar em que ele estava com 40% de sua seção obstruída com areia, lixo e sedimentos. Isso fazia com que o nível do esgoto dentro desse interceptor ficasse sempre alto, levando a que o nível de esgoto fique alto em todo o sistema e, com poucas chuvas, tenha extravasamento de esgoto. O que nós fizemos? A primeira medida estruturante foi fazer a retirada dessa areia, desse lixo de dentro do interceptor. Nós já tiramos 2,7 mil toneladas de resíduos de dentro desse túnel. Tiramos também patinete, coisas impressionantes.
Esse trabalho demandou, primeiro, uma pesquisa de como fazer, através de mergulhadores profissionais, porque nós tivemos que fazer um mergulho profissional para verificar a condição desse trabalho, e usamos um trem de três caminhões. O primeiro caminhão jateia água sob pressão para tirar os resíduos das paredes da tubulação. Depois ele suga, leva para uma peneira que separa a fase líquida do sólido. O líquido volta para o interceptor e a parte sólida é levada para o aterro sanitário licenciado. Com isso, a gente concluiu essa primeira fase da limpeza em março, justamente no dia do aniversário do interceptor. A gente continua hoje – na Princesa Isabel, se as pessoas passarem vão ver e
sses nossos caminhões – fazendo a manutenção em pontos mais críticos de retenção e o repasse em alguns locais em que a gente teve dificuldade de fazer toda a limpeza.
Qual foi a primeira consequência de fazer essa limpeza? Ao fazer essa limpeza, nós devolvemos ao interceptor oceânico a sua capacidade de receber esgoto. Com isso, a gente pode dar solução a um problema também muito crítico, que era a questão do Rio Carioca.
Ali, à esquerda, vocês estão vendo o desvio do Rio Carioca que a gente fez. Ali tem um barramento. O Rio Carioca vem todo canalizado e, ali, ele entra para o interceptor oceânico. Com isso, nós retiramos cerca de 180 litros em pás por segundo em tempo seco, que podem chegar a 300 litros por segundo e água misturada com esgoto, que estavam indo diretamente para a Praia do Flamengo. Hoje, a imagem que a gente tem da Praia do Flamengo é essa imagem cristalina, que não é o rio, mas o mar entrando, porque o rio foi totalmente desviado com o interceptor oceânico. Daí ele vai até o emissário submarino.
Mas nós não fizemos simplesmente o desvio do rio, esse desvio contingencial. Após isso, nós iniciamos a pesquisa de por que esse rio estava contaminado. Começamos a fazer a pesquisa das ligações irregulares, inclusive achando coisas da nossa própria rede que estava quebrada, estava com problemas, e ligada diretamente no rio.
Ali a gente vê os equipamentos que foram utilizados. Além de mergulhador profissional, nós usamos robô, usamos câmeras de alta definição de filmagem, tudo para verificar como está internamente.
Ali tem mais do Rio Carioca, de filmagem feita por nós. Detectamos os lançamentos irregulares de esgoto dentro do Rio Carioca e saímos, então, pesquisando a origem deles: restaurantes, condomínios, quem contribuía com o esgoto. Estamos notificando cada um para que parem com esses lançamentos. E encontramos também muitos lançamentos nossos, ou seja, da antiga rede da Cedae, que estavam quebrados e que estavam sendo jogados lá dentro. Esses a gente imediatamente conserta.
Hoje, a gente está com aproximadamente 71% da Bacia do Rio Carioca vistoriada. A gente está tentando concluir ainda este ano essa vistoria para, concluindo a retirada desses esgotos irregulares, trazer esse rio de volta para a sua foz, e aí, sim, estudar que tratamento é eventualmente necessário fazer.
A gente não fez somente a inspeção de ligação irregular ao longo da Bacia do Carioca. Nós fizemos também em Copacabana e iniciamos esse trabalho ao longo do canal da Visconde de Albuquerque, no Leblon. Com essas estruturas, com esses equipamentos, a gente consegue vistoriar as redes, identificar lançamentos irregulares e fazer com que isso seja corrigido.
No Flamengo, além de desviar o Rio Carioca, nós identificamos um lançamento irregular. Essa imagem que vocês vão ver aqui é uma galeria que fica embaixo da Praça do Índio Cuauhtémoc, uma estrutura antiga em tijolinho, com essa barragem em pedra. Isso, quando chove, galga por cima dessa barragem de pedra e vai direto para a Praia do Flamengo. Essa galeria contribuía com cerca de 60 a 80 litros por segundo de esgoto bruto para dentro da Praia do Flamengo. O que nós fizemos? Uma estação elevatória de esgoto na Praia do Flamengo. Ali é a foto de uma das bombas. Apesar de a gente ter medido até 80 litros por segundos, nós colocamos duas bombas de 100 litros por segundo para ter contingência. O quadro elétrico todo novo. Construímos ali, próximo à estátua do índio, uma estação elevatória que eliminou esse lançamento. Tudo isso vai gerar, com o tempo, um resultado muito positivo que a gente hoje está colhendo na Praia do Flamengo e proximidades.
Hoje a gente tem imagens da Enseada de Botafogo, da Marina da Glória e da Urca. E ali, à direita do canal, no Jardim Botânico, da Lineu de Paula Machado, que é outro trabalho que nós vamos abordar daqui a pouco. Tivemos resultados surpreendentes em época de seca. Uma observação que eu ouço muito é: “É, mas não tinha chuva, estava seco. Vocês conseguiram uma coisa inédita, mas porque não chovia”. Só que, há 17 anos, também não chovia nessa época e não se tinha esse resultado que o Inea vinha acompanhando. Então, tem um impacto, sim, do trabalho consistente que a gente vem fazendo.
Talvez, dos três pontos mais notáveis que chamaram nossa atenção neste ano, um foi Paquetá. Paquetá virou estrela dos jornais e da televisão porque Paquetá foi a primeira praia, o primeiro local onde as praias começaram a dar balneário de maneira sistemática. O que nós fizemos em Paquetá? Nós fizemos uma estação elevatória de esgoto, eliminamos o antigo emissário submarino que tinhas 2 km e jogava bem ali na praia. Estamos bombeando todo o esgoto de Paquetá, da ilha, via uma tubulação subaquática para a Estação de Tratamento de São Gonçalo. Hoje, Paquetá está com 100% do seu esgoto coletado e levado para São Gonçalo. E esse impacto começou a surgir muito rapidamente. Óbvio que ali nós temos problema de corrente – temos o auxílio da corrente marítima, é um local privilegiado para isso. Mas foi um resultado que chamou a atenção de toda a imprensa. A gente tem colhido esse fruto positivo do trabalho que foi feito na Ilha Paquetá.
O segundo ponto foi a questão da própria enseada, foi a Praia do Flamengo. Botafogo apareceu com 12 boletins seguidos de balneabilidade do Inea, o que é uma coisa inédita. A gente ainda tem muito que fazer e não dá para dizer que nós resolvemos. Nós vamos atacar ainda a Bacia dos rios Berquós e Banana Podre, que deságuam ali na Enseada de Botafogo. Mas o trabalho, de forma geral, acabou atingindo um pouco lá.
Praia do Flamengo, Paquetá e Lagoa eu acho que são realmente os destaques do que a gente teve este ano aqui. Finalmente, esta semana – para poder ser atual – a Veja lançou a Veja Rio com um destaque para a Praia do Flamengo. Vai dar praia. Nós tivemos, de acordo com o Inea, de 2018 para cá, uma queda de 92% da poluição no local. E de junho até outubro de 2023, nós tivemos 75% dos boletins de balneabilidade do Inea indicando condições favoráveis.
É importante dizer que, quando nós tivermos chuvas intensas, essa situação se inverte, porque a água passa por cima daquela barragem que vocês viram, ali do Rio Carioca, e vai acabar atingindo a praia. Em toda cidade litorânea, a parte mais baixa é o mar. E toda a água pluvial que lava a cidade não só pode vir misturada com esgoto ou não – mas que lava a cidade, que traz detritos de lixo que estão na rua, que traz detritos de pneu –, mas toda a sujeira das ruas é lavada nas chuvas intensas, e se encaminha inevitavelmente para o mar.
Quando esse volume é muito intenso, ultrapassa as barreiras que nós fazemos, porque você não pode fazer uma barreira maior do que isso, porque ou ela vai para o mar ou vai para casa das pessoas, vai para rua. Então, é a opção que tem que se ter.
Neste momento, com certeza, o nível de diluição de poluição dessas águas é muito menor do que no dia a dia. Eu diria que nós teremos aí de dez dias a quinze dias por ano onde essa situação tende a ocorrer. A capacidade de recuperação da Baía da Guanabara é fenomenal! A cada quinze dias a Baía de Guanabara troca 50% da sua água. Então, o trabalho que a está procurando fazer é contribuir para que o esgoto não chegue in natura na Baía, não chegue in natura nas praias, e a gente dê condição de a natureza reagir e se recuperar, não é?
A gente também não tem o condão de estar, digamos, despoluindo a Baía de Guanabara, que a despoluição da Baía de Guanabara não envolve só se evitar a chegada de esgoto, mas existe toda uma questão de política de resíduos sólidos que está com os municípios. Existe uma questão de educação ambiental que está com o cidadão. Existe a questão dos óleos, do derrame de óleo na própria Baía através de navio.
É uma questão muito mais complexa e você tem, inclusive, o fundo da baía, “que a gente também não mexe. Não há nenhuma previsão de dragagem, de nenhuma atividade nesse sentido.
É bom deixar claro também, de maneira bem transparente, que é nosso desafio fazer com que o esgoto sanitário não chegue à baía. Isso é uma grande contribuição que a gente pode dar para a sua despoluição, mas não é tudo. A gente apenas é um agente importante desse processo.

(Inicia-se a apresentação de slides)


O SR. SINVAL ANDRADE –  Aqui são os resultados que o Inea utiliza para classificar as praias em balneários ou não. Esse aqui é na Praia do Flamengo. Ver que estava tudo vermelho e agora a gente começa a esverdear isso. Nos últimos dias de chuva, nós tivemos alguns vermelhos também, mas o mais importante é a tendência que demonstra a queda consistente apesar da erraticidade dos resultados. Nós estamos falando de coisas naturais. Temos uma tendência nítida de redução do nível de poluição através dos coliformes termotolerantes na Praia do Flamengo.
E o terceiro destaque, eu falei de Paquetá, falei da Praia do Flamengo e da enseada de Botafogo, o terceiro ponto de destaque para a gente é realmente a Lagoa Rodrigo de Freitas, que a gente conseguiu um grande sucesso. Ali tem todo o entorno da Lagoa. Ali são, em azul, são as estações elevatórias de esgoto que formam um cinturão em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas para não deixar o esgoto chegar. Em vermelho são as comportas, que são operados pela Fundação Rio-Águas.
Aqui cabe um registro. Outra parceria muito forte e importante para o nosso sucesso tem sido a Fundação Rio-Águas. A gente trabalha em conjunto com a Fundação Rio-Águas na operação dessas comportas. A Fundação Rio-Águas opera a comporta, a gente opera as elevatórias. A gente trabalha em conjunto, fazendo com que a gente tenha a abertura das comportas que levam eventualmente contaminação para a praia em muito menos ocasiões, e por menor tempo possível! A Rio-Águas comprou essa briga com a gente, vem fazendo isso junto.
Ao mesmo tempo, a gente tem de controlar, porque, quando tem chuva, você não pode deixar a comporta fechada para não alagar a Cidade. Mas o equilíbrio dessas ações e desses interesses com a Fundação Rio-Águas tem sido assim muito importante. Fazendo um registro aqui, a Fundação Rio-Águas tem à sua frente como presidente um técnico que, durante trinta anos, foi responsável pela área de projetos da Fundação, que é o Vanderson. É uma pessoa que talvez mais conheça de drenagem urbana de rios e canais na Cidade do Rio de Janeiro e que tem dado uma contribuição para a gente desde o início da concessão, trabalhando junto, e com quem eu quero dividir o sucesso do que a gente teve na Lagoa Rodrigo de Freitas.
Aqui é a evidência do que a gente fez nessas três estações elevatórias. Tem em cima como a gente encontrou a elevatória Saturnino de Brito. Embaixo todo o serviço que a gente fez com troca de bombas. Nós reformamos todas as três elevatórias. Aqui eu quero abrir parênteses, fazer uma parada. Essa é a elevatória do Árabe. É uma das menores que tem, mas é uma das mais pitorescas para a gente comentar aqui, porque o próprio nome dela, elevatória do Árabe, é porque ela era operada pelo dono de um quiosque de comida árabe. Quando a gente entrou, quem operava era o dono do quiosque.
Então, ele ia embora e ele desligava a bomba. A bomba quebrava e ele tinha que consertar do bolso. Então, a gente batiza hoje de a “Estação do Árabe”, porque era operada por ele. Olha o estado em que nós encontramos ali na frente. E hoje ela toda automatizada, toda reformada.
Esse foi um dos serviços que a gente fez aqui no Jardim Botânico. Inclusive, fizemos um painel para poder tornar a coisa mais agradável.
Na Hípica, além de a gente reformar a elevatória, realizou uma troca de tubulação bem pesada e que ajudava a poluir a Lagoa.
Na José Mariano também. O estado que nós encontramos na entrada do túnel, ali embaixo... E hoje como está.
A do Cantagalo. Dá para ver as modificações que nós fizemos. Caiçaras.
E, no Leblon, onde a gente também fez toda a reforma das bombas. Hoje a gente recebe, no Leblon, várias linhas de esgoto, inclusive aquela que eu citei que vem da linha de recalque, pela Niemeyer, trazendo o esgoto de São Conrado e Rocinha.
Assim que a gente entrou e fez uma parceria muito grande com o biólogo Mário Moscatelli, que é um indivíduo que, há 30 anos, brigava pela Lagoa, para tentar cuidar do manguezal da Lagoa, uma luta inglória e solitária. Nós entramos e apoiamos esse projeto, e acabamos de renovar o projeto. Essa foto nossa foi justamente na renovação. A gente conseguiu, na Lagoa, realmente algo incrível em termos de volta de biodiversidade.
Quero registrar também, nessa foto central, a contribuição dos pescadores da Colônia Z13. Nós temos um convênio com os pescadores, e eles é que fazem a coleta das rúpias, que é aquela vegetação que abafa e que diminui a oxigenação na Lagoa, e que ajuda com a questão da mortandade dos peixes. Eu ontem estava numa discussão, na Câmara Técnica de Saneamento, no grupo de WhatsApp, dizendo que eu fico feliz que as pessoas hoje estão discutindo se deve permitir ou não a pesca submarina na Lagoa, porque a Lagoa não tem ainda nível para se permitir o contato, quando antigamente a gente estava discutindo a morte dos peixes. Quer dizer, o patamar de discussão mudou completamente. Hoje está se discutindo assim: “Ela está bem, a Lagoa está ótima”. Mas, não se deve permitir a pesca, o contato direto... É uma discussão que só traz felicidade para a gente. Antigamente, nem se pensava em discutir isso.
O que a gente queria apresentar era isso, prestar conta do que a gente fez. Eu acho que... Espero ter cumprido o tempo aí.

O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Eu acho que merece uma salva de palmas, não é?


(PALMAS)


O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Bem, o objetivo desse encontro é exatamente este: fazer um balanço do que foi feito em 2023. Quando eu pedi uma salva de palmas, é porque a Águas do Rio conseguiu contemplar os nossos anseios.
Embora seja apenas uma apresentação das concessionárias, eu quero deixar livre... Nós temos... Deixe-me ver aqui para depois passar para a Iguá. Nós temos 11 minutos. Alguém deseja fazer alguma pergunta dentro do que foi colocado? Podemos liberar o nosso querido amigo Sinval Andrade?
Parabéns, Sinval. A Comissão está plenamente satisfeita. Você contemplou os nossos anseios. Aliás, não é de falar diferente, porque o ano todo você teve esse comportamento, assim como a Iguá, e com as outras duas que virão amanhã. Muito obrigada a vocês pelo belo serviço prestado à cidade, à população, e esse que é o nosso anseio, não é? Servir bem à população.
Eu queria lhe pedir um favor: se essa apresentação pode ser passada a nós, porque nós gostaríamos de publicar no DCM para conhecimento de todos os vereadores.

O SR. SILVAL ANDRADE – Primeiramente, quero agradecer as palavras. A gente está sempre disponível. A gente tem acompanhado as suas atividades aqui, e as de premiação de funcionários nota 10, premiação das iniciativas escolares. A Josely também está sempre junto aqui. É um prazer a gente ter, na Presidência desta Comissão, alguém que é educador, acima de tudo, para a gente ser muito... É muito gratificante.
Quero agradecer essas palavras de apresentação. A apresentação é pública. Dentro da nossa política de transparência, ela está à disposição. Não tem nada que... Pelo contrário, a gente gostaria muito de que todas as pessoas conhecessem o que a gente está fazendo.
Eu vou pedir um pouco de desculpa à Josely, para a gente poder... Porque eu vou ter que sair correndo, está certo? Vou deixar à vontade. Eu gostaria muito de participar. Dessa vez, você deixa, não é?
Quero gradecer a todos. Eu acho que a Iguá, acima de ser uma empresa concorrente, é uma empresa parceira. A gente está junto nessa luta há muito tempo. Um abraço, viu?

O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Quero desejar a você muito obrigado pela deferência de poder passar para nós, até porque a minha assessora aqui vai ficar feliz agora, porque ela não vai ter que escrever tanto, não é? Porque vai fazer a ata.
Mas eu queria desejar que, em 2024, vocês tenham o mesmo sucesso. Aliás, com vantagem ainda, não é? Que tenham mais sucesso do que já tiveram 2023. A cidade agradece. Muito obrigado!
Podemos dar só três minutos, para a gente começar? Vamos começar.
Com a palavra, a Senhora Josely Cabral, gerente institucional da Iguá, para sua apresentação.


A SRA. JOSELY CABRAL – Bom dia, Vereador Prof. Célio Lupparelli. Em seu nome, cumprimento as demais autoridades presentes. Bom dia a todos.
Gostaria, primeiramente, Professor, de parabenizar o trabalho desta Comissão. Eu sempre trabalhei em empresas de serviços, trabalhei em telecom, depois setor elétrico. Eu venho de 22 anos de setor elétrico, os 10 últimos na área institucional. Fiquei muito feliz em receber o convite da Iguá. Eu estou na Iguá há um ano e meio, eu estou aprendendo aí com os colegas do saneamento. Mas uma coisa que eu aprendi em empresa de serviço é que, normalmente, as pessoas só lembram do nosso trabalho quando falta algo: quando falta o telefone, quando falta luz, quando falta água. E é bom a gente ter oportunidades como essa para expor o que já foi feito e o que temos a fazer.
As concessões são de 35 anos, então não há como se fazer tudo já no primeiro, segundo ano. Temos um trabalho grande pela frente, mas já fizemos bastante coisa, sabe? Já fizemos muito. É bom, é muito bom, muito gratificante poder ter uma oportunidade de mostrar o que a gente fez.
Bom dia, Vereadora Rosa Fernandes.


A SRA. VEREADORA ROSA FERNANDES – Bom dia. Descobri agora que você está na Iguá. Olha que legal! Já é a pessoa certa para a gente bater.


A SRA. JOSELY CABRAL – Estava aqui falando isso agora.


A SRA. VEREADORA ROSA FERNANDES – Já descobrimos em quem a gente vai bater na Iguá. Mas Josely é muito gente boa. Veio da Light, uma pessoa que atendia muito bem.


A SRA. JOSELY CABRAL – Na Light e na Enel também.


A SRA. VEREADORA ROSA FERNANDES – Então, é uma pessoa qualificada, muito preparada. Vamos ver como está o trabalho lá. Jacarepaguá é terra do Célio. Se o Célio não for bem atendido, a área dele não for bem cuidada, a gente já sabe, o nome dela é Josely, só pegar... Prazer enorme tê-la aqui, viu? Vim só para lhe cumprimentar.

A SRA. JOSELY CABRAL – Ah, que bom! Muito obrigada, vereadora.
Então, continuando aqui. O que eu gostaria de ressaltar antes de começar, se o senhor me permitir, a gente tem um filme aqui, bem breve, um vídeo institucional da Iguá.
(Exibe-se o vídeo)

A SRA. JOSELY CABRAL – E tudo isso que se fez, a gente não faz nada sozinho, acho que ninguém faz nada sozinho. Umas das primeiras coisas que a Iguá fez, quando iniciou a concessão lá em fevereiro de 2022, foram as parcerias. Então, eu gostaria de deixar registrado que a gente tem parcerias grandes, parcerias com a Prefeitura do Rio de um modo geral, especialmente com a Rio-Águas, a gente tem um comitê gestor junto com a Rio-Águas, Secretaria de Obras e Infraestrutura também. A nosso pedido o Prefeito criou esse comitê gestor em que a gente tem reuniões periódicas, temos uma grande parceria aqui com a Câmara, com essa Casa, Vereador Lupparelli sabe bem disso, já houve visitas à Iguá, já conheceram nosso plantio de mudas, fica aqui o convite, quando quiserem retornar também vai ser um prazer.
Temos parcerias também com unidades ambientais, tanto com o Inea, como também com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, principalmente o Inea, que é a maior parte dos nossos licenciamentos são pelo Inea. Temos um termo de cooperação técnica, inclusive, firmado com o Inea, que já está dando frutos, especialmente para vistorias de esgoto.
Temos parcerias com movimentos ambientais, com o movimento SOS Lagoas, que faz um trabalho muito sério há bastante tempo, o movimento de despoluição do Canal das Taxas, mesma coisa. Temos uma parceria grande com Mário Moscatelli, biólogo. Enfim, procuramos aquelas pessoas que já participam dessa luta há muito tempo, porque é uma luta, manter o meio ambiente equilibrado não é fácil. Secretaria de Conservação também, a CET-Rio que nos dá todo apoio com obras que a gente tem que fazer, com o fechamento de rua, é muita coisa.
Então, queria registrar que a gente tem essas parcerias bacanas com o município. O nosso propósito é ser a melhor empresa de saneamento para o Brasil, então, isso vai muito além de questões técnicas, de metas, de cumprir metas do contrato, etc. Nessa de ser a melhor, eu não trouxe tudo aqui porque ficaria muito extenso, mas eu posso falar. Temos parcerias com pescadores da região. O nosso intuito é ser a melhor empresa de saneamento para o Brasil.
Então, onde a gente atua, o nosso objetivo é melhorar a vida daquelas pessoas, como já estamos melhorando já bastante coisa.
Aqui, um pouquinho resumidamente do que é a Iguá. A Iguá assinou o contrato em agosto de... o leilão foi em abril de 21, a assinatura do contrato foi em agosto de 21, passamos seis meses em operação assistida com a Cedae. Em 7 de fevereiro de 22 iniciamos a operação plena.
Temos PPPs e concessões em outros estados também, mas o Rio é a maior delas, o Grupo Iguá, quando assume o Rio de Janeiro, ele tem mais ou menos 60% da Iguá é a concessão do Rio de Janeiro, daí a importância dessa concessão para o nosso grupo aqui.
Esse é o bloco 2. A Iguá venceu o bloco 2. Ele é composto pela AP- 4 do Rio de Janeiro, basicamente a região de Barra, Jacarepaguá, Recreio e Vargens, além dos Municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira.
A diferença básica entre eles é que no Município do Rio, a captação e o tratamento da água continuam sendo de responsabilidade da Cedae, e a concessionária faz a distribuição da água. E em Paty do Alferes e Miguel Pereira, nós fazemos o ciclo completo da água, que é a captação, tratamento e distribuição.
Aqui, resumidamente, as nossas metas, que são as metas de universalização de cobertura de água, esgoto e de perdas na distribuição. Esses são os principais investimentos aqui.
Agora, eu vou me ater à Cidade do Rio de Janeiro. São R$ 250 milhões na revitalização do Complexo Lagunar, são R$ 305 milhões para expansão em áreas irregulares, e esse é um tema bastante importante. Inclusive, essa definição do que é a área irregular, a gente conversou com a Prefeitura do Rio, com a Rio-Águas, nesse comitê gestor, até para definir por onde a gente vai começar, definir prioridades, enfim.
O projeto de coletores de tempo seco também vai ser muito importante para as áreas irregulares, porque são regiões em que a gente não tem como, tecnicamente, fazer, implantar o separador absoluto, que é um equipamento de grandes proporções, então a solução é o coletor de tempo seco.
E esses projetos, eles se complementam, não é? Porque, no que eu vou fazer, no que a gente vai aplicar, R$ 250 milhões na revitalização das lagoas, é uma dragagem, em que ela vai, basicamente é uma limpeza, que vai corrigir, vai limpar a situação que já está posta. E os demais, eles vêm fazer o quê? Eles vêm a inibir a entrada de dejetos irregulares nos corpos hídricos, então eles se complementam.
Estamos já iniciando a implantação de rede coletora de esgoto, e temos o projeto de revitalização da ETE Barra e das estações elevatórias, que é também um grande projeto. Até, a propósito disso, eu, o senhor pode observar que hoje eu estou aqui, só dá Iguá, não é? É porque esta semana a gente já está iniciando a mobilização para a mudança.
Nós vamos iniciar uma grande obra na estação de tratamento de esgoto da Barra. Já temos licenciamento ambiental do Inea, e essa semana começa a mobilização da mudança. Nós vamos passar um ano e meio, mais ou menos, a gente vai para o Casa Shopping e a estação inicia a obra.
Então, todo o corpo técnico está envolvido nisso, por isso eu não pude trazer ninguém. Mas como eu estou entendendo que aqui também a gente não vai entrar no detalhe técnico, que também não daria nem tempo, espero corresponder, vereador, à sua expectativa.
Aqui eu trouxe um pouco das principais entregas, com foco em segurança operacional e melhoria no atendimento. Por que a gente fala isso? Assim como o colega da Águas do Rio comentou, a situação das estações que nós adquirimos, que nós herdamos, não era uma situação boa, não é? As estações muito deterioradas, precisando mesmo de manutenção, manutenção básica, civil, saneamento, elétrica, tudo. Então, esse ano, esse primeiro ano, a gente passou basicamente com foco nessa segurança operacional e na melhoria do atendimento.
Falando aqui em segurança operacional e melhoria do atendimento, nós construímos o centro de controle. Esse centro de controle foi 100% construído pela Iguá, para a área de concessão. Hoje nós temos monitoramento 24 horas das nossas estações.
A gente se antecipa ao problema, então, no início da operação, a gente recebia muita reclamação, subprefeitura direto. Hoje não, a gente já consegue ver em tempo real o que está acontecendo e se antecipar ao atendimento. Fizemos a reforma de 96 estações elevatórias de água e esgoto, que precisavam realmente dessa manutenção para a coisa começar a funcionar.
Conseguimos aumentar o esgoto tratado na ETE Barra, já com pequenas obras que a gente fez. Uma ação importante aqui da sustentabilidade hoje, 100% do lodo gerado pela estação de tratamento, ele vai para produção de adubo, são cerca de 30 toneladas por mês. E melhoramos o atendimento com o recadastramento e digitalização. Nós temos, hoje, um atendimento pelo 0800 nosso, que ele funciona tanto por ligação telefônica, como por WhatsApp, e são 24 horas por dia.
Aqui, do ponto de vista técnico, nós reformamos um coletor de tempo seco, que encontramos no Canal das Taxas, ele estava desativado. Nós reativamos esse coletor, fizemos a manutenção. E, a partir daí, são duas piscinas olímpicas de esgoto por semana que deixam de ir para natureza, com o funcionamento desse coletor.  Esse coletor não estava no nosso projeto, mas nós encontramos e já reformamos. Então, ele já está em operação há quase um ano.
Os resíduos retirados das lagoas, nós retiramos mais de 150 toneladas de resíduos da Lagoa. Isso aqui é uma parceria também que a gente com um biólogo, o Mário Moscatelli, tanto retirada de resíduos como o plantio de mudas de mangue vermelho. É aquele que o senhor esteve lá na Lagoa do Camorim.
Geração de 3.500 vagas de emprego é algo que nos orgulha muito. Ações ambientais, projetos sociais, mais qualidade e oferta de água. Superamos a estiagem. Isso é um ponto bacana também de a gente dar luz. Superamos a estiagem no ano passado em Miguel Pereira e Paty do Alferes, que eram os lugares que sofriam com estiagens históricas. Um evento climático natural daquela época do ano em que a chuva cai bastante, o período seco. Nós instalamos uma estação móvel de tratamento de água na nossa unidade de Fragoso, em Miguel Pereira. Já no primeiro ano de operação isso não estava previsto no contrato.
Muitos dos investimentos desse aqui não estavam previstos no contrato, mas a gente tem que fazer para a melhoria operacional, enfim.
Atividades recentes, em termos de qualidade, eu posso citar a manutenção do emissário submarino da Barra, que nós fizemos. Depois eu vou abrir um pouquinho cada um deles. Estou falando primeiro em linhas gerais.
Estamos fazendo a recuperação de 2 km de rede coletora de esgoto da Avenida Dulcídio Cardoso, na Barra. Isso foi um dos primeiros sustos que a gente tomou. Já na primeira semana de operação houve problema na Dulcídio Cardoso, crateras se abrindo. Um dia chegou a cair um carro. Na semana da nossa operação, não lembro se 7 de fevereiro ou 8 de fevereiro, um carro preto pequeno.
Novos pontos de coletor de tempo seco no Canal das Taxas. Esse aqui é o projeto, aquele que eu falei lá atrás, que já iniciou. Nós iniciamos esse projeto em outubro. Temos a licença ambiental já para a realização da dragagem no Complexo Lagunar. A execução desse projeto deve começar já em janeiro do ano que vem. E o novo processo de atendimento, garantindo mais agilidade no atendimento às solicitações, por que esses projetos todos, eles conversam. Nenhum deles é isolado.
Então, no que eu consigo equipar o centro de controle para reduzir o tempo de atendimento, eu estou me referindo ao tempo de atendimento de reparo, porque eu fico sabendo do problema antes; ao tempo de atendimento às pessoas que fazem reclamação, porque o centro de controle dispara as ordens de serviços de uma maneira bem mais dinâmica.
Enfim, essa aqui era a parte institucional basicamente. Eu vou entrar agora numa parte mais técnica. É aqui outro material. Se eu não conseguir, eu peço ajuda...
Aqui, vereador, assim, eu tentei colocar em grandes blocos para não ficar nada muito cansativo. Se eu precisar, a gente entrar no detalhe.
Mas, enfim, aqui são três grandes blocos de serviço. O primeiro: a reforma das elevatórias, que é o que vai garantir eficiência operacional. A recuperação do coletor da Dulcídio Cardoso e a Parada do Guandu são grandes manutenções que a gente precisou fazer, que a gente vai precisar fazer. E a recuperação do Complexo Lagunar e os coletores de tempo seco é o que a gente tem para a frente.
Os coletores de tempo seco a gente já começou a obra. E a recuperação do Complexo lagunar, a gente está pronta para começar em janeiro já do ano que vem.
A reforma das elevatórias, no total foram 96 elevatórias entre água e esgoto, reformadas. Painéis elétricos, novos instrumentos. As estruturas civis estavam assim bem ruins, até em questão de segurança. Muros e grades, a gente teve que refazer. Foram gerados empregos para essas manutenções, novos bombeadores.
Gradeamento mecanizado é uma coisa bacana de a gente falar, que o gradeamento é o que segura os resíduos. O Sinval comentou que tinha patinete na rede. Tem de tudo: patinete, sofá, orelhão, o que vocês imaginarem. Então, a função desses gradeamentos é muito importante.
Essa reforma das elevatórias vai permitir que elas se comuniquem com o centro de controle para que a gente faça esse monitoramento. Instalamos telemetria e controle em todas elas para que essas informações cheguem ao centro de controle, como pressão, vazão, controle de nível, a emissão de ordem de serviço e tudo mais.
Aqui já falei basicamente, no início, os benefícios gerados: segurança operacional, redução do tempo de atendimento, até economia de energia também.
Aqui eu trouxe algumas fotos. Não trouxe tantas porque iria ficar cansativo, mas eu trouxe o que eu achei mais expressivo. Essa é a Suíça carioca que a gente apelidou carinhosamente de “Casa do Tarzan” porque era o que parecia realmente. E aí reformamos essa em Jacarepaguá. Tem outras tantas aqui. Também reformamos a subestação Curicica. Essas aqui são outros exemplos. Santa América também, fizemos um grande serviço, especialmente o gradeamento dela foi todo refeito, em Curicica também.
Agora vou falar um pouquinho da manutenção do emissário submarino da Barra da Tijuca. Aqui um pouco das imagens na construção do emissário. Foi em 2008. São dois quilômetros de parte terrestre e cerca de cinco quilômetros de parte submarina. Fizemos um trabalho de verificação desse emissário e notamos que havia necessidade de manutenção. Então foram feitas duas grandes manutenções: uma foi na troca da luva, que estava avariada, essa luva que une os “trampos”, e a outra nos difusores, por onde sai o esgoto.
Aqui são fotos. Só para dar uma ideia da magnitude, nessa foto aqui, a luva é mais alta que a altura de uma pessoa. Então é obra de grande dimensão, mas tínhamos que fazer essa obra. No caso da Iguá, na nossa área de concessão, só há esse emissário submarino.
Os benefícios são a garantia do fluxo correto do efluente, a proteção da vida marinha, conformidades regulatórias para que a gente consiga cumprir o que a gente tem que cumprir regularmente do tratamento, a segurança operacional que está primeiro lugar, foi o primeiro foco do nosso trabalho. Nesse um ano e meio estamos trabalhando nisso, em segurança operacional, projetos, obtenção de licenciamento e etc. E a parte preventiva para prevenir futuros vazamentos.
Recuperação do coletor da Dulcídio Cardoso. O coletor é de mais ou menos dois quilômetros de extensão. A vazão dele, do projeto, é de 450 litros por segundo. E nós identificamos que esse coletor estava extremamente avariado.
Eu trouxe aqui algumas fotos. Essas fotos foram durante a inspeção, antes de a gente fazer a manutenção. Esse é um exemplo bacana do nosso trabalho porque quando nós identificamos isso, logo no início da concessão, nós não tínhamos um projeto para ele, inicialmente. Mas, por questão de segurança, chegamos à conclusão seguinte: não tem como continuar mantendo o trânsito ali naquela via. A Dulcídio Cardoso é uma via muito movimentada. Ali no entorno tem muito clube, muita escola, grandes condomínios residenciais de casas e apartamentos. Então, qual foi o nosso primeiro foco? Chamamos os parceiros de hábito, Subprefeitura, Prefeitura, CET-Rio, Seconserva, Rio Águas, Inea. Chamamos todos os parceiros e dissemos: “Não tem como ficar do jeito que está por questão de segurança. Eu não vou começar obra hoje porque não tem projeto ainda. A gente ainda está identificando a causa, mas eu preciso fechar essa rua”.
Tivemos todo o apoio dos entes públicos municipais. Fechamos a rua em meia pista. Conseguimos fechar em meia pista porque utilizamos método não destrutivo. Se fosse o método convencional, chamado vala aberta, eu teria que fechar toda a pista, não ia ter condição de haver circulação. Esse projeto, vale falar, foi algo mais ou menos em torno de R$30 milhões a R$ 35 milhões, também não previstos no contrato, mas a gente tinha que fazer e estamos fazendo. O método utilizado é o método não destrutivo, para que a gente pudesse fechar só a metade da rua. Tecnicamente, optamos pela tecnologia do sliplining, que é uma tecnologia que eu não preciso destruir o coletor ora existente. Eu vou passar outro coletor por dentro desse existente, e vai ser protegido com uma camada de concreto por cima. É uma tecnologia bem interessante, cara, mas foi que a que a gente achou mais segura e mais apropriada para essa condição. Vai prevenir infiltrações nos lençóis freáticos. Metodologia não destrutiva, já comentei. Vai evitar grandes recalques na pavimentação, porque eu não vou precisar destruir tudo. Naturalmente, a gente vai refazer, mas é algo bem mais rápido do que se eu precisasse destruir tudo. Seria uma obra de muito mais tempo e muito mais desconforto para a comunidade local – é uma coisa que a gente tem esse cuidado também. E prevenção de futuros extravasamentos.
Temos a Parada do Guandu. A Parada do Guandu é uma manutenção anual que a Cedae faz na Estação de Tratamento de Água do Guandu. Normalmente é no mês de novembro. Neste ano seria no dia 16, mas ela foi remanejada para o dia 23. Pela informação que a gente tem até o momento, ela está prevista para o dia 23. E o que a gente faz nessa Parada do Guandu? A gente aproveita a tubulação vazia para fazer manutenções e modernizações – imagine vários pit stops em oito áreas da cidade. Conforme termina o fluxo de água, a gente entra para fazer todos os serviços de manutenção e modernização. Já fizemos no passado com êxito, estamos fazendo este ano também, dia 23. Aqui são os principais objetivos do que a gente vai fazer neste ano: limpeza de decantadores; manutenção de equipamentos eletromecânicos – em saneamento tem muito equipamento eletromecânico; verificação estrutural; e limpeza. Então, basicamente, limpezas e manutenções.
Aqui é um pequeno vídeo. Eu vou pedir para vocês prestarem atenção lá em cima na pontinha, eu vou mostrar o ciclo, o caminho da água, que a gente chama. Então, vocês vão ver por onde vem a água.

(Exibe-se o vídeo)

A SRA. JOSELY CABRAL – Aquilo ali, lá em cima, aquele ponto é na Praça Seca, onde a gente recebe essa água da Cedae e ela vai passar por toda a área de concessão. Isso aqui é desenho da AP-4. Esse é o caminho, quando a gente recebe a água, esse é o caminho que a água faz. Então o azul são as maiores pressões, e o preto são as menores pressões. Esse trabalho que a gente faz durante a Parada do Guandu, uma das funções desse trabalho é equilibrar isso daí. Então é feito todo um diagnóstico. A área técnica faz, o time de Engenharia, e verifica o que se precisa fazer.
Aqui, os benefícios: ganho operacional e ganho de pressão.
Setorização do sistema, isso é muito importante para a gente fazer. Setorização do sistema para que, quando houver uma falha, quanto mais setorizado ele estiver, menos áreas serão impactadas por essa falha. Isso é bastante importante.
Esses são os pontos que a gente vai fazer este ano. São oito pontos. Também não vou me ater aqui aos detalhes, porque eu acho que ele não cabe aqui, mas essas são as intervenções. Essas são as intervenções que a gente fez em 2022. Esse é o escopo de 2023. Neste ano são sete intervenções; no ano passado foram oito. São 240 colaboradores envolvidos, ou seja, durante o tempo da Parada do Guandu, a gente vai ter 240 técnicos, divididos nesses sete pontos, fazendo esse trabalho. Então é importante que corra tudo bem, porque a gente só tem o tempo em que a Cedae estiver com a estação desligada. Quando religar, a gente tem que estar com tudo isso pronto, então é uma operação de guerra também.
Aqui um pouquinho do escopo de 2022, só para dar uma ideia da dimensão dos equipamentos. A interligação do Reservatório do Outeiro que a gente fez. A interligação da adutora próxima a Ilha Pura, fizemos também todos os dois com sucesso. Substituímos a válvula do Reservatório do Outeiro, foi muito importante também. Aqui mais um pouquinho do que fez em 2022: Albano e Ilha Pura.
Aqui, eu gostaria de me ater um pouquinho mais. Esses projetos que a gente vai mostrar aqui agora, Vereador, são dois dos três principais projetos do contrato da Iguá. A recuperação do complexo lagunar – a revitalização, na verdade. Não tem como dizer que vai recuperar por completo. Não é bem assim, são décadas de degradação. Então, o trabalho que a gente vai fazer é uma revitalização, é o início de uma revitalização. Como a natureza é muito resiliente, nós estamos bastante confiantes nesse projeto. Esse é o projeto de R$ 250 milhões, que eu apresentei em linhas gerais. Mais à frente eu vou entrar aqui um pouco mais no detalhe dele.
Aqui a gente vai explicar o que é o projeto de revitalização do complexo lagunar.

(Exibe-se o vídeo)

A SRA. JOSELY CABRAL – Acho que deu para dar uma ideia do que é o projeto.
Duas coisas importantes de frisar aqui: o objetivo desse projeto é favorecer a troca hídrica. Então, ele foi todo pensado no favorecimento da troca hídrica entre as lagoas e entre o mar e as lagoas. São R$ 250 milhões de investimentos. É um projeto de três anos. A gente já tem a licença desse projeto, a licença ambiental do Inea. Inclusive, todo o processo de licença foi construído em conjunto com o Inea. O Ministério Público já tem ciência desse projeto, tanto o Estadual quanto o Federal, até para que a gente pudesse utilizar o licenciamento mais adequado para o projeto.
As obras se iniciam em janeiro de 2024. Nós já estamos com tudo pronto para começar. Temos também, dentro desse projeto, a dragagem, que é a questão mais técnica, mas há também um projeto ambiental e projeto social que vão andar nesses três anos em paralelo com o projeto da dragagem.
Agora eu vou falar um pouco sobre o projeto do coletor de tempo seco, que complementa a recuperação do complexo lagunar, a dragagem. O coletor de tempo seco, o que ele faz? Ele impede, ele evita que novos dejetos irregulares cheguem a essas lagoas. Então, se eu limpar a lagoa, passar três anos fazendo trabalho de limpeza e, ao longo desse tempo continuar o despejo irregular nas lagoas, eu vou enxugar gelo.
Então, a gente vai fazer as duas coisas ao mesmo tempo: tanto a limpeza, quanto a inibição de novos efluentes. Esse projeto já começou ano passado. Nós já temos a licença do Inea, começamos pelo Recreio, nas bacias do Canal das Taxas e Arroio Fundo. Para exemplificar o que é um coletor de tempo seco, a gente trouxe aqui também uma animação bastante breve, para entender o que é o coletor. Basicamente, o que é? A gente usa a galeria de água pluvial para ter um pequeno coletorzinho acoplado à galeria. O esgoto é despejado ali e, quando o tempo está seco, a gente bombeia esse esgoto para a Estação de Tratamento de Esgoto da Barra.
Então, não tem como dizer que impede, que inibe para 100%, mas inibe sobremaneira o despejo de esgoto irregular. Por que existe esse projeto? Porque há regiões no Rio de Janeiro, especialmente as regiões de comunidades, que não têm como implantar um separador absoluto, não têm solo com estrutura para isso, não têm como transitar caminhão.
Há situações... Acho que os senhores todos aqui sabem, se todos forem do Rio de Janeiro vão entender bem o que eu estou falando, há comunidades em que não tem como se fazer grandes obras dessa natureza, desse porte, tecnicamente falando. Eu trabalhei na Light e posso dizer que há comunidades em que a gente não tinha condições de implantar o poste de concreto por conta de que o caminhão com o poste de concreto não entrava, o peso do poste também não. Então, toda a tecnologia é adaptada para essa situação, tanto em energia quanto aqui em saneamento.

(Continua a exibição do vídeo)

A SRA. JOSELY CABRAL – Esse projeto já começou, é o que eu comentei, começou no mês passado. Antes de iniciar esse projeto fizemos uma grande reunião com as comunidades locais, com a Comunidade do Terreirão para explicar o que a gente ia fazer. As obras são necessárias, as obras estão no contrato de concessão, mas eu acho que o mais importante é a gente conversar com a população para eles entenderem o trabalho, é benéfico para todo mundo. A gente se preocupa em ter essa licença para a gente entrar no território e trabalhar e até o momento nós estamos conseguindo, lá na região está tudo ok, inclusive fomos bem recebidos pela população local, com essa novidade.
Aqui basicamente já passou, são 54 pontos de captação. Essas em que a gente está começando, essas duas primeiras, elas representam quase metade disso, são 26 pontos, licenças ok, inícios das obras, ok. A vazão do coletor de tempo seco é de 16 litros por segundo, e aqui eu estou falando daquele que foi reativado, que nós encontramos no Canal das Taxas, mais ou menos 4.000 habitantes beneficiados. Tivemos inclusive visita lá, com o Rafael, Subprefeito e com o Vice-Governador, Thiago Pampolha.
Aqui são fotos de antes e depois, essas fotos também são bem impactantes. Esse é o coletor de tempo seco do Canal das Taxas, que nós já encontramos, são as fotos antes da nossa manutenção, e aqui as fotos após a nossa manutenção, você vê até questões de segurança, todo o gradeamento, a sinalização refeita, enfim.
Agora, falando do projeto já iniciado do contrato dos coletores do tempo seco, começamos nessas duas, a Rio Fundo e Canal das Taxas, até final de 2024 são 270 litros por segundo coletados. Essas fotos são da sondagem, foi em meado deste ano, julho de 2023, e basicamente é isso. Não vou me estender. Espero ter correspondido à sua expectativa. Havendo alguma necessidade de informação adicional a gente encaminha depois. Vou disponibilizar esse material para a sua equipe, é só informar para quem a gente encaminha. E é isso, temos essa obrigação que nós nos impusemos de sermos a melhor empresa de saneamento para o Brasil. Eu confio muito no projeto, eu confio muito no projeto do estado para essas novas concessões. Eu deixei 22 anos do setor elétrico não foi à toa. Eu não teria mudado se eu realmente não confiasse no projeto, e confio no projeto da Iguá também. Acho que tem tudo para dar certo. Com a parceria de todos, com o apoio de todos vocês, especialmente desta Casa.
Agradeço mais uma vez ao Vereador Prof. Célio Lupparelli e o parabenizo por essa Comissão. Temos uma grande parceria também com o Presidente Carlo Caiado, que inclusive é da nossa área, é oriundo da Barra da Tijuca. Temos uma excelente parceria com ele também. Estamos regularmente aqui apresentando o nosso projeto, o que fizemos e o que vamos fazer e continuamos à sua disposição.
Muito obrigada.

(PALMAS)

O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Muito obrigado, Josely. Quero dizer que as mesmas palavras, os mesmos comentários que fiz em relação à exposição, explanação do Sinval, eu queria passar para você, porque realmente foi bastante elucidativo, atendeu exatamente às expectativas que nós queríamos apresentar através do YouTube, pela TV Câmara para a população. Está ou estou falando errado? Está passando, não está? Exatamente. E nós podemos, com a sua concessão, passar para o Diário da Câmara, amanhã ou depois de amanhã, quando eles puderem publicar, para que haja também conhecimento dos vereadores, daqueles que acessam o Diário da Câmara Municipal.
Muito obrigado, mesmo. Você tem sido, assim como o Sinval, uma parceira notável. Eu vivo ali, eu moro exatamente no limite entre a Águas do Rio, Iguá, Praça Seca. Do lado de lá é Iguá, do lado de cá, Águas do Rio. Enfim, a gente está muito feliz com a parceria com vocês e a gente espera que, em 2024, vocês tenham também pelo menos esse desempenho, mas, se Deus quiser, todo mundo está sempre perseguindo o melhor, cada vez o melhor. É o que você falou aí, você já era notável na parte de energia. Agora, está na parte de água e saneamento.

A SRA. JOSELY CABRAL – Obrigada, vereador. Certamente 2024 vai ser um ano muito importante para nós porque, até agora, a gente estava mais focada em garantir a segurança operacional, garantir o mínimo necessário para o funcionamento das estações. Investimos no centro de controle, tudo que nos daria o mínimo de segurança operacional e hoje já até passamos desse mínimo.
Então, foi um ano e meio com foco em segurança operacional, elaboração de projetos, licenciamentos ambientais, tudo isso. A partir do ano que vem, a gente vai começar mais a execução dessas obras. Nós continuamos contando com a parceria de todos, Executivo, Legislativo, sociedade, porque não tem como a gente fazer omelete sem quebrar os ovos.

O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – A gente observa, com bastante atenção, que vocês tratam da água que é consumida pelo ser humano, portanto tratam da vida humana. E, ao mesmo tempo, tratam da questão do esgoto, que é tratar do ecossistema, que acaba refletindo também na qualidade de vida humana e de todos os seres.
Portanto, nós só temos que agradecer esse compromisso e esse espírito público. Muito obrigado.

A SRA. JOSELY CABRAL – Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (PROF. CÉLIO LUPPARELLI) – Alguém quer fazer alguma consideração? Estamos plenamente satisfeitos.
Agradeço a presença de todos e dou por encerrada a Reunião. Muito obrigado.

(Encerra-se a Reunião às 11h42)
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Data de Publicação: 11/23/2023

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